Dos quinze vereadores da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios, quatro deverão seguir uma linha de oposição. O posicionamento da bancada oposicionista deverá interferir na facilidade de aprovação de matérias de interesse do Poder Executivo, comandado pelo prefeito reeleito Júlio Cezar (PSB). Essa é a primeira vez que o gestor enfrentará resistência.

Mesmo com renovação de praticamente 50%, a expectativa é de que a maioria dos integrantes do Poder Legislativo continue rezando a cartilha do prefeito. Entre reeleitos e novatos, a maioria estará na base de sustentação ao governo municipal.

Segundo mais votado, com 1.585 votos, o vereador Toninho Garrote (Progressistas) deverá ser o único a seguir uma linha de independência na Câmara Municipal. No primeiro mandato, sua atuação foi focada na apresentação de proposituras para as áreas de saúde, infraestrutura e abastecimento. Mesmo assim, ele tende a intensificar o papel de fiscalizador e fazer parte da oposição.

Os 14.253 eleitores que votaram em outros candidatos e os 3.089 que votaram branco ou nulo para não votar em Júlio Cezar, esperam que o vereador Geraldinho Ribeiro (PTB) faça oposição de forma severa à gestão. Durante a campanha eleitoral, ele era o principal crítico da gestão e percorria toda a cidade mostrando obras paralisadas e inacabadas, como também denunciava irregularidade na gestão.

Há quem acredite que Ribeiro será uma enorme pedra no caminho do segundo mandato de Júlio Cezar – que já ensaia candidatura para o cargo de deputado estadual.

Reeleito, o vereador Madson Monteiro (PSD) sai da zona de conforto e perde o título de um dos principais aliados de Júlio Cezar e passa a integrar a oposição neste segundo mandato. Ele teve o pai, Luciano Monteiro, exonerado do cargo de secretário municipal de Agricultura.

Por fim, o filho da ex-presidente da Câmara Municipal, Maria do Leite, Edinho Queiroz (Progressistas) retoma a cadeira da família no Legislativo. Ele é irmão do vereador Paulo Queiroz, que morreu num trágico acidente automobilístico. Edinho também deve engrossar o tom contra gestão de Júlio Cezar.