Bebê João Arthur pode ser diagnosticado com outra doença rara
O bebê está internado na Santa Casa de Misericórdia de Maceió desde dezembro do ano passado
O bebê João Arthur que tem Fibrose Cistica - uma doença rara onde há acúmulo de secreção nos pulmões e no aparelho digestivo, pode ser diagnosticado com outra patologia, igualmente incomun: o megacolon congênito. O bebê está internado na Santa Casa de Misericórdia de Maceió desde dezembro do ano passado quando a Justiça determinou a transferência dele que estava no Hospital Regional, em Arapiraca, para uma unidade hospitalar com especialistas pediátricos.
O Portal 7Segundos entrou em contato com a mãe de João Arthur, Andressa Barbosa Teles, que está morando em Maceió para acompanhar o tratamento do filho. Ela disse que não tem previsão de quando terminará o tratamento do filho, por isso, a família resolveu alugar uma casa na capital para ficar revezando às idas ao Hospital. " Geralmente fica eu e meu esposo revezando durante a semana. Quando ele fez as cirurgias minha mãe e minha sogra também vieram para revezar as visitas ", contou a mãe de João Arthur.
Andressa relatou que desde o dia que o filho chegou à Santa Casa a distensão abdominal provocada pela Fibrose Cística foi reduzida. A equipe médica usou sondas e medicamentos para estimular a evacuação das fezes e dos gases, provocando a redução do inchaço no abdômen. Outra boa notícia é que desde que iniciou o tratamento em Maceió, o bebê, que antes só conseguia ingerir 5ml de alimentação líquida diários, agora passou a tomar 70 ml.
"É muito dolorido para uma mãe ver um ser tão frágil sofrendo tanto. Foi um grande alívio ver que a barriguinha dele já não estava tão inchada como antes. Além disso está se alimentando melhor", comemorou.
Mas semana passada, a família passou por momentos mais apreensivos quando João Arthur teve que passar por três procedimentos cirúrgicos num período de cinco dias. A mãe relatou que o filho teve que fazer uma colostomia na quarta-feira, e depois voltou ao centro cirúrgico na quinta e no domingo, porque parte do intestino estava sendo "empurrado" para fora do organismo.
"Agora ele tá um pouco sedado para não se agitar tanto e acabar provocando outras intercorrências cirúrgicas", revelou.
Andressa Barbosa afirmou que os médicos estão investigando um novo diagnóstico de doença gástrica que é o megacolon congênito - uma condição de nascença, onde o funcionamento do intestino grosso do bebê fica comprometido por conta da ausência de fibras nervosas. A consequência disso é a acumulação de fezes, que acaba causando uma dilatação ainda maior no órgão.
"Já foram feitos exames com contrates, e ainda será realizada uma biópsia para investigar esse novo diagnóstico. Não é fácil ver seu primeiro filho e de apenas quatro meses passar por tudo isso. Mas sabemos que aqui está sendo feito tudo que está ao alcance dos médicos para oferecer a ele uma melhor condição de vida", finalizou a mãe.