O cortejo fúnebre da pequena Brenda Carollyne, 5 anos, que foi morta pela própria mãe, foi marcado por muita comoção, pedidos de justiça e revolta. O sepultamento ocorreu na tarde desta segunda-feira (25), no município de Maravilha, no Sertão de Alagoas.

Um sentimento de revolta e de que seja feita Justiça tomou conta de parentes, vizinhos e amigos da família da garota que teve os olhos e língua arrancados pela própria mãe. No momento da prisão, a mãe de Brenda Carollyne disse que "tinha matado o diabo e que a filha estava viva". O crime que chocou a população local, teve repercussão nacional.

De acordo com parentes Josimare Gomes da Silva, de 30 anos, mãe da criança, sofre de problemas psicológicos e psiquiátricos. 

O Ministério Público já solicitou a internação imediata da autora do crime em um Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP).

Segundos moradores do local, na tarde de domingo (24) quando ocorreu o crime, a clima na região estava muito quente, e os moradores costumam ficar com as portas abertas.

" Por ser uma cidade pequena, com pouco mais de 10 mil habitantes, e todo mundo se conhece, a gente tem esse costume de deixar as portas abertas para passar a circulação de ar", afirmou um morador.

De acordo com o repórter Ítalo Timóteo, que mora na região, o pai de Josimeire Gomes percebeu que a casa da filha estava há muito tempo com as portas fechadas. O pai bateu na porta e perguntou porque as portas estavam fechadas. " Ela respondeu que estava tomando banho", afirmou o repórter.

Mas o pai desconfiou que algo estava errado porque já fazia muito tempo que a filha estava trancada dentro da residência e foi até os fundos da residência e percebeu que a água que saia da encanação do banheiro estava misturada à sangue.

"Ele arrombou a porta dos fundos e encontrou a filha ao lado do corpo da neta fazendo uma espécie de ritual espiritual", informou Ítalo.

Os vizinhos retiraram a mãe de cima do corpo da filha, acionaram a polícia e prenderam a autora em flagrante.

De acordo com informações de testemunhas, durante a prisão, Josimare Gomes estava transtornada, falava em outras línguas, inclusive chegou a falar espanhol fluentemente. " Parecia estar possuída, afirmou uma das pessoas que presenciou a ação policial.

Ela precisou ser encaminhada a uma unidade hospitalar, e e sob efeitos de medicamentos, foi conduzida à Delegacia de Delmiro Gouveia onde se encontra à disposição da Justiça.