Pestalozzi de Arapiraca é inspiração para fundação de outras instituições em Alagoas
A fundação funciona na rua Minervina Francisca da Conceição, 23, bairro Santa Esmeralda
A dor pessoal transformada em inspiração para ajudar a vida de outras pessoas com deficiência. Foi com essa narrativa descrita em uma mensagem intitulada “Carta de uma Mãe”, que Erivânia Lima enfrenta a dor da perda de sua filha, Heloísa, ex-paciente da Pestalozzi de Arapiraca, falecida no início desse mês.
A morte da menina, de apenas seis anos, que tinha paralisia cerebral, apesar da marca de uma imensa dor, tem sido o impulso da família para dar início a uma nova trajetória em busca da reabilitação de crianças na cidade de São José da Tapera, onde a família mora.
Na carta aberta, divulgada esta semana através das redes sociais, a Pestalozzi de Arapiraca foi citada como referência no tratamento da menina durante os anos de 2016 e 2018. Heloisa foi paciente em algumas terapias. Na instituição ela recebeu atendimento de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia.
“Ela era uma menina adorável e apesar da saudade sabemos que nasceu mais uma semente de amor pestalozziano em nosso estado. E isso nos reconforta”, falou a fonoaudióloga Lenimara Souza, que a atendeu.
“Hoje a saudade invade nossa casa, nosso lar, as noites estão longas, as lágrimas tornam-se necessárias, mas nos resta a grande certeza de que fomos escolhidos por Deus para o Anjo de Luz Heloísa morar aqui, como somos gratos a Deus por essa escolha. Obrigada Senhor por essa oportunidade, cuida da nossa filha aí no céu e acolhe os nossos pedidos quando sempre pedirmos sua intercessão”, narra a mãe.
Inaugurada em janeiro deste ano, a Pestalozzi de São José da Tapera deverá atender cerca de 200 pacientes inicialmente. A pequena Helô ainda chegou a ser atendida no local, onde certamente também deixou sua alegria viva, como fez enquanto esteve na instituição de Arapiraca.
“Sentimos a dor de sua ausência, mas a cada nascer de uma Pestalozzi, temos a certeza de que a força do movimento pestalozziano nunca irá morrer”, comentou a gerente da instituição de Arapiraca, Fabiana Cavalcante.