Com agravamento da pandemia, apoio à vacina cresce e vai a 85%, diz PoderData
O Brasil é um dos países em que doença mais mata no mundo.
Pesquisa PoderData realizada nesta semana (1º-3.mar.2021) mostra que 85% da população pretende se vacinar contra a covid-19, mantendo tendência de alta. A rejeição ao imunizante diminuiu, e agora é de 10%.
No levantamento realizado 15 dias antes (15-17.fev), os que queriam se vacinar eram 78%, com 14% de rejeição. Já no estudo realizado de 1º a 3 de fevereiro, a intenção de se imunizar era de 71%, enquanto 21% não queriam as doses.
O apoio à vacinação cresceu no momento em que o Brasil tem aumento do número de novos casos e de mortes da doença. Nesta semana, foram consecutivos recordes –com mais de 1.200 mortes registradas por dia, na média dos 7 dias anteriores.
O Brasil é um dos países em que doença mais mata no mundo.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. Ouviu 2.500 pessoas em 509 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
O estudo destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos brasileiros em relação à vacina.
As maiores proporções dos que pretendem se imunizar estão no grupo dos com mais de 60 anos (89%) e no dos com ensino superior (92%). Já a maior rejeição está entre os moradores do Norte (27%) e os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (17%).
O governo espera ter 593 milhões de doses de vacinas até o fim de 2021 –suficientes para vacinar toda a população. O problema é que 198 milhões dessas doses são de imunizantes ainda não aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ou ainda sem contrato fechado, o que corresponde a 1/3 do total.
O mais provável é que o cronograma federal exagere um pouco no otimismo. Em relação à versão anterior do plano, já são previstos 10 milhões de doses a menos para março. O Instituto Butantan já frustrou planos do governo ao não entregar todas as doses de CoronaVac esperadas em fevereiro.