Preocupação com a barragem de rejeitos da MVV em Craíbas chega ao Comitê do São Francisco
Anivaldo Miranda confirma que região integra Bacia do São Francisco e desastre poderia levar à contaminação do rio

A aproximação do início da extração de cobre no Projeto Serrote, em Craíbas, não aflige apenas moradores e políticos da região. O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF) Anivaldo Miranda também demonstrou preocupação com os rejeitos da mineração, que serão despejados em uma barragem.
Segundo Miranda, o Projeto Serrote está inserido na região da bacia hidrográfica, região que conta com riachos e rios temporários que correm em direção ao rio São Francisco. Mesmo assim, o CBHSF não foi convidado pela Mineradora Vale Verde (MVV) para conhecer o projeto e a barragem de rejeitos.

Anivaldo Miranda, presidente do CBHSF (Foto: Thiago Sampaio/Ufal)
Conforme o presidente, o projeto necessita de acompanhamento rigoroso de órgãos ambientais como o Instituto do Meio Ambiente (IMA), porque um acidente com a barragem podem ter consequências “terríveis”, que vão além dos prejuízos ambientais. De acordo com ele, dependendo do tipo de resíduo acumulado na barragem de rejeitos, um acidente poderá contaminar a água do rio e comprometer o abastecimento para milhões de pessoas, na região Agreste e Baixo São Francisco em Alagoas, e até mesmo em Sergipe.
Anivaldo Miranda lembra de tragédias como a de Brumadinho, em que a empresa responsável atestava que a barragem não apresentava riscos de acidentes, antes dos desastres que além de causarem grande prejuízo para a economia, principalmente a agricultura, também provocaram mortes.
A própria MVV divulga que a capacidade da barragem de rejeitos é inferior ao tempo de mineração pretendido no Projeto Serrote. Enquanto a extração de minério deve perdurar por 20 anos ou até mais do que isso, a estimativa é de que a barragem de rejeitos tenha capacidade para 15 anos.
Devido a importância da discussão, Miranda afirma que o assunto vai entrar na pauta do Comitê e destacou que além de explicações da companhia, manifestações do setor acadêmico, imprensa, comunidades rurais e autoridades locais devem ser levadas em consideração para as atividades da Vale Verde na região.
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