"CPI não é palanque mas Pazuello não pode se omitir de suas responsabilidades",afirma Rodigo Cunha
Ex-gestor do Ministério da Saúde depõe hoje na CPI da Covid do Senado Federal
O senador Rodrigo Cunha (PSDB) disse na manhã desta quarta-feira (19) esperar “que o ex-ministro Eduardo Pazuello, que já frustrou o país ao adiar seu depoimento à CPI da Covid, exponha agora de forma clara, sem rodeios, os motivos que levaram o país a ser um dos mais afetados pelo novo coronavírus no mundo, a não ter vacinas para todos e a seguir sem uma política integrada de combate à pandemia”. Ainda de acordo com o senador, o “depoimento do ex-ministro Pazuello, mesmo com a decisão do STF, não pode resultar em falta de transparência sobre a sua gestão no Ministério da Saúde”. A fala do ex-gestor do Ministério da Saúde ocorre hoje na CPI da Covid do Senado Federal.
“Das gestões à frente do Ministério da Saúde, a de Pazuello foi a que durou mais tempo durante a pandemia. Com a CPI, ficamos sabendo de fatos lamentáveis e graves como a não resposta do governo à oferta por aquisição de vacinas, ao incentivo na prescrição de remédios sem eficácia e na falta de integração entre governo federal, estados e municípios na questão da luta contra o coronavírus. É claro que a CPI não pode ser palanque político para ninguém. Mas é fato que Pazuello, como ex-ministro, não pode se omitir de suas responsabilidades e precisa esclarecer de forma direta diversas questões de sua gestão na pasta, no período mais agudo da transmissão da Covid-19” disse Rodrigo Cunha.
O ex-ministro Eduardo Pazuello conseguiu na última sexta-feira (14/05), através de um pedido de habeas corpus feito ao Supremo Tribunal Federal (STF), o direito de ficar em silêncio durante a CPI da Covid, que investiga ações e omissões do governo federal no combate à pandemia. Seguindo outras decisões da Corte em casos parecidos, o ministro Ricardo Lewandowski concedeu o pedido em favor de Pazuello feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). O ex-ministro ainda terá que comparecer à Comissão, mas ganhou o direito de não responder a todas as perguntas e o direito de não sofrer constrangimento por isso — como ser preso, por exemplo, por não responder objetivamente aos questionamentos dos senadores.
Nesta terceira semana de depoimentos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouve dois ex-ministros do governo Jair Bolsonaro: Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Eduardo Pazuello (Saúde). Os dois são considerados peças-chave para esclarecer a condução do governo federal no enfrentamento da crise sanitária da covid-19. Agendada para esta quarta-feira (19), a audiência de Pazuello é a mais esperada. Dos quatro ministros que comandaram o Ministério da Saúde durante a pandemia, Pazuello foi o que ficou mais tempo no cargo.
O general do Exército e especialista em logística assumiu interinamente o ministério em 16 de maio de 2020, após a saída de Nelson Teich. Ele foi efetivado no cargo em 16 de setembro e exonerado no dia 23 de março de 2021. Estava no comando da pasta quando a Pfizer fez uma oferta de 70 milhões de doses de imunizantes ao Brasil, segundo o presidente regional da empresa na América latina, Carlos Murillo. Em 11 de fevereiro deste ano, durante sessão no Plenário do Senado, Pazuello afirmou que eram somente 6 milhões ofertadas pela Pfizer.
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