Polícia prende 16 em operação contra suspeitos de desaparecimento dos 3 meninos de Belford Roxo
Segundo a corporação, traficantes do Complexo do Castelar estão envolvidos com o sumiço, ocorrido há 5 meses, roubos e outros crimes
A Polícia Civil do RJ prendeu nesta sexta-feira (21) 16 pessoas em uma operação na Baixada Fluminense contra traficantes investigados, entre outros crimes, pelo desaparecimento dos três garotos de Belford Roxo, há quase cinco meses.
Segundo as investigações, a quadrilha do Complexo do Castelar acusou falsamente uma família pelo sumiço dos meninos para prejudicar o trabalho dos policiais. A polícia afirma que um pai chegou a ser torturado e obrigado a deixar a favela com a companheira e os quatro filhos.
O bando também é investigado por instaurar um “tribunal do tráfico” na região e por roubar veículos e cargas em toda a Baixada Fluminense. A polícia não informou se os garotos estão vivos.
Equipes saíram da Cidade da Polícia às 5h30 para cumprir 24 mandados de prisão. Um blindado dava apoio a 150 policiais.

Equipes saíram da Cidade da Polícia Civil às 5h30 — Foto: Lívia Torres/TV Globo
Lucas Matheus (8 anos), Alexandre da Silva (10 anos) e Fernando Henrique (11 anos) não são vistos desde 27 de dezembro, quando foram para a Feira de Areia Branca, a 3 km de casa, no Castelar.
Durante a operação, policiais encontraram um carro com marcas de sangue no porta-malas. Segundo os agentes, esse veículo é roubado e era utilizado pelos traficantes do Castelar para carregar as vítimas do "tribunal do tráfico".
Lentidão nas investigações
A única linha de investigação era a de que os traficantes estavam por trás do caso. Uma força-tarefa foi criada no mês passado para agilizar os trabalhos.
No começo de março, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) encontrou imagens de câmeras de segurança que mostraram que os garotos passaram pela Rua Malopia, no bairro vizinho. Essa prova só surgiu mais de dois meses depois.
Segundo os familiares, a investigação começou tarde demais. As primeiras testemunhas só foram ouvidas uma semana depois que as famílias procuraram a polícia para comunicar o desaparecimento.
Já a polícia diz que ouviu todas as pessoas necessárias à medida que conseguia informações. Cerca de 80 diligências foram feitas.
A Defensoria Pública considera que essa é uma investigação difícil e fez recomendações para a polícia atuar com mais rapidez em casos de crianças desaparecidas.
Últimas notícias
Sine Alagoas anuncia 3.594 vagas de emprego na semana do Natal
Motociclista embriagado fica ferido após colidir com bicicleta em Arapiraca
Incêndio em vegetação é contido pelo Corpo de Bombeiros em Limoeiro de Anadia
Dino barra trecho de projeto de lei que libera emendas do orçamento secreto
Passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro é anulado após perda de mandato
Confira a programação dos desfiles do Natal de Todos Nós
Vídeos e noticias mais lidas
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Policial Militar é preso após invadir motel e executar enfermeiro em Arapiraca
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
Alagoas registrou aumento no número de homicídios, aponta Governo Federal
