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Menino de 2 anos é hospitalizado após engolir 16 esferas magnéticas

O caso aconteceu na Flórida, EUA

Por UOL 18/06/2021 11h11 - Atualizado em 18/06/2021 11h11
Menino de 2 anos é hospitalizado após engolir 16 esferas magnéticas
Raio-x mostra localização das esferas no sistema digestivo de Konin - Foto: Arquivo Pessoal / Hannah Arrington / WESH

Um menino de apenas 2 anos foi hospitalizado e teve de passar por várias cirurgias após ter engolido 16 esferas magnéticas. O caso aconteceu na Flórida, EUA. 

Segundo o portal de notícias Yahoo!, o menino foi levado ao Hospital Infantil Arnold Palmer em 18 de maio, após ingerir ímãs esféricos da marca Buckyballs, vendidas nos EUA como uma espécie de brinquedo.

Hannah Arrington, mãe de 5 filhos, contou à TV local WESH, afiliada da NBC em Orlando, que Konin teve acesso às esferas porque um de seus irmãos as teria trazido para casa, sem que ela percebesse.

"Não tínhamos ideia de que o Konin estava engolindo as bolinhas", disse Hannah. "Elas desciam para o sistema digestivo e, a cada vez que ele encontrava outra em algum lugar da casa, a engolia."

Engolir mais de um ímã pode fazer com que os objetos se atraiam dentro dos intestinos, criando perfurações dentro do abdômen, que podem levar ao envenenamento do sangue. 

Depois de várias cirurgias, Hannah disse que Konin teve de voltar ao hospital para colocar uma sonda alimentar, porque os médicos não sabiam determinar por que ele não conseguia manter a comida no estômago.

A Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos Estados Unidos já havia divulgado alertas de segurança sobre ímãs e seu potencial perigo para as crianças, chegando a proibi-los por alguns anos antes que os fabricantes pudessem usá-los novamente em 2016.

Em junho de 2020, a comissão disse que havia registros de cerca de 4.500 casos de ingestão de ímã tratados em hospitais em todo os EUA, de 2009 a 2018.

Hannah aconselhou outros pais a verificarem sempre o que seus filhos pequenos trazem para casa.

"Eu e meu marido nunca pensamos que teríamos que revistar nossos filhos quando eles voltam da escola", disse ela. "Você verifica a mochila de seus filhos e pergunta como foi o dia deles, mas com que frequência revista o bolso das calças? O bolso da camisa? O que aconteceu faz você se sentir como se tivesse falhado com seu filho", disse ela.