Egressos da Uneal do curso de ciências biológicas publicam artigo em revista europeia
A pesquisa desenvolvida mapeia a incidência da hanseníase em Alagoas

Os pesquisadores Dayanne Maria Damasceno e Wandklebson Silva da Paz, ambos egressos do curso de ciências biológicas e pós-graduandos na especialiação especialização em Doenças Parasitárias e Meio Ambiente do Campus II da Universidade Estadual de Alagoas, em Santana do Ipanema, publicaram o artigo "High-risk transmission clusters of leprosy in an endemic area in the Northeastern Brazil: a retrospective spationtemporal modelling (2001-2019)", sob orientação do professor doutor Márcio Bezerra Santos, também egresso da Uneal, na revista científica europeia "Tropical Medicine & International Health", classificada como A1, o mais alto grau de classificação de revistas, realizada pela CAPES.
No trabalho, os autores analisaram e mapearam as áreas de risco de transmissão da hanseníase no estado de Alagoas, região endêmica da doença no Nordeste do Brasil, numa série temporal de 20 anos. Como resultado, foi identificado que a incidência de hanseníase é mais elevada entre negros e pardos (71,4%) e que 6,79% dos casos ocorreram em menores de 15 anos. Além disso, as formas clínicas mais prevalentes foram as multibacilares (virchowiana e diforma, que são clinicamente mais severas) e que 29,31% dos pacientes tinham mais de cinco lesões.
A pesquisa realizada apontou que área de maior risco foi a 9ª região de saúde formada pelos municípios de Canapi; Carneiros; Dois Riachos; Maravilha; Monteirópolis; Olho D'água das Flores; Olivença; Ouro Branco; Palestina; Pão de Açúcar; Poço das Trincheiras; Santana do Ipanema; São José da Tapera e Senador Rui Palmeira.Os autores concluíram que há persistência da transmissão ativa da hanseníase em Alagoas, com atrasos no diagnóstico da doença e com a existência de áreas de alto risco, principalmente nos municípios do interior do estado, com destaque para Santana do Ipanema que apresentou o maior risco de transmissão da hanseníase.
Os autores reforçam a importância da realização do estudo, já que, apesar de prevenível e tratável, a hanseníase ainda representa um importante problema de saúde pública no Brasil. O país é o segundo no mundo em número de notificações e o responsável pela endemia de hanseníase no continente americano (com 92,3% dos casos). Além disso, a doença está associada à pobreza, com maior ocorrência de casos em áreas de maior vulnerabilidade social. Identificar as áreas de maior risco da doença pode orientar gestores de saúde na implementação e condução de medidas para melhorias em diagnóstico, tratamento e controle da doença.
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