Mãe de bebê com “síndrome do meio coração” celebra: “Tenho gratidão!”
Criança passou por duas cirurgias em SP e passa muito bem; tratamento foi custeado após determinação da Justiça

Alívio e gratidão, esses são os sentimentos descritos por Gabriella Castro Silva, de 30 anos, mãe da pequena Elisa, de cinco meses, após a alta médica e o retorno para Senador Canedo, município da Grande Goiânia. As duas estavam em São Paulo para o tratamento da criança, diagnosticada com a rara Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE), mais conhecida como “síndrome do meio coração“, na qual o lado esquerdo do órgão não se desenvolve e nem funciona como deveria.
Gabriella e Elisa retornaram a Goiás nessa terça-feira (20/7). Segundo a mãe da criança, essa foi a primeira vez que a pequena saiu do hospital onde nasceu, a Beneficência Portuguesa, onde também passou por duas cirurgias. A mãe deu à luz a bebê em meio a diversos entraves e intensa disputa judicial, na qual o plano de saúde foi obrigado, pela justiça, a custear o tratamento especializado.
Emocionada, Gabriella contou ao Metrópoles, por telefone, como foi a experiência com Elisa. “Eu recebi o diagnóstico com 33 semanas de gestação, por meio de um exame que não é obrigatório no pré-natal, mas deveria ser. Foi muita luta para chegarmos até aqui. Em Goiás, ela seria cobaia de tratamentos paliativos e ineficazes, não seria possível fazer o tratamento adequado. Tenho muita gratidão, ela está viva, gordinha, sorrindo”.
Tratamento e recuperação
Segundo Gabriella, a SHCE é um das cardiopatias mais graves que se tem registro. De acordo com ela, Elisa passou pela primeira cirurgia com três dias de vida. Após o procedimento, bastante delicado, a bebê permaneceu por 37 dias em uma unidade de terapia intensiva (UTI), onde recebeu os devidos cuidados e ganhou peso para a próxima intervenção, realizada aos quatro meses.
A mãe conta que Elisa ainda necessita de uma outra cirurgia, por volta dos dois ou três anos, para concluir todo o tratamento. No entanto, ela ressalta que a criança terá vida normal. “Ela precisa de acompanhamento do pediatra, do cardiologista, mas é vida normal. Ela não tem nenhum atraso motor, nenhuma lesão neurológica, deu tudo
Disputa judicial
Desde o diagnóstico, Gabriella foi orientada por médicos goianos e seguir o tratamento da filha em São Paulo. Porém, a cobertura médica fora de Goiás foi negada pelo plano de saúde. No total, a mãe conseguiu quatro decisões favoráveis para que o plano custeasse todos os gastos.
“As coisas foram muito difíceis, eu cheguei em São Paulo e meu parto foi adiado por três vezes. Mas tudo valeu a pena, recebemos um tratamento de excelência e sei que a minha filha está viva porque fomos para lá. Estou com o coração agradecido”, completa.
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