Secretário explica briga com pastor evangélico: "Estuprou minha filha por três anos e a deixou traumatizada"
Donizete Silva afirma que discussão ocorrida em praça pública não teve motivação política

O secretário de Segurança de Junqueiro, Donizete José Honório da Silva, explicou que a briga ocorrida entre ele e outro homem na última segunda-feira (06), cujo vídeo rapidamente se espalhou no município, não teve motivação política, como havia sido divulgado.
"Algumas pessoas levaram logo para o lado político, sem entender o que estava acontecendo de fato. Eu não estava ali como secretário, mas como pai. Aquele homem estuprou a minha filha por três anos e ela vai ficar traumatizada a vida toda", declarou.
Vídeos gravados por populares mostram Donizete brigando fortemente com outro homem, que trabalha como monitor de ônibus escolar e é também pastor evangélico de uma igreja em Junqueiro. Em um dos trechos, as imagens mostram a suposta vítima com um corte no nariz, e, enquanto isso, populares demonstravam revolta com o ocorrido.
O secretário conta que abordou o servidor após a filha dele, uma menina de 12 anos, revelar que o monitor escolar seria a pessoa que a havia estuprado durante três anos seguidos.
"Quando fui falar com ele, eu mesmo chamei a polícia, porque a minha intenção era denunciar o crime que ele cometeu contra a minha filha. A polícia levou cerca de uma hora para chegar e fomos levados eu, ele e minha filha, para a delegacia em Arapiraca. Como não havia flagrante, ele foi liberado para responder em liberdade", explicou.
De acordo com ele, a menina foi submetida a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Arapiraca e novos depoimentos estão marcados para a terça na delegacia de Limoeiro de Anadia. O caso também está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar.
Estupro
Donizete conta que a filha dele mora com parentes, no distrito Pé Leve Novo, município de Limoeiro de Anadia e desde muito cedo frequentava uma igreja evangélica na comunidade. Segundo ele, a menina relatou que era estuprada dentro do banheiro da igreja por um frequentador. Esses estupros ocorreriam de duas a trez vezes por semana, durante os cultos.
Isso teria acontecido no período em que a menina tinha entre sete e dez anos de idade e só acabou depois que a vítima deixou de frequentar a igreja. "Ele também fazia várias ameaças, dizia que se ela contasse, ele iria matar toda a família dela. E minha filha, uma criança, aguentou toda essa violência sozinha. Ela se cortava e falava em acabar com a própria vida", relatou.
Ele conta que, após parar de frequentar a igreja, a menina teria perdido contato com o agressor e que mesmo com a continuidade do tratamento psicológico, ela tinha dificuldade de falar sobre o ocorrido e não revelou a ninguém quem era o agressor, mesmo depois de reencontrá-lo na escola onde estuda.
"Depois disso, ela teve uma piora. Eu fiquei preocupado e acabei pressionando para ela me dizer quem era o estuprador, só então ela me contou. Naquela hora da praça, minha filha estava lá, mas um pouco distante, junto com colegas da escola. Quando eu abordei o cara e falei do estupro, primeiro ele perguntou quem era minha filha, mas em seguida ele apontou para ela. Ele olhou diretamente para ela e fez uma cara feia, balançando a cabeça, e deixou ela assustada. Que pai veria isso e não perderia a cabeça?", declarou, e explicou que depois a filha dele contou que ele fazia aquela cara durante as ameaças.
"No momento em que a gente estava brigando, em nenhum momento ele se defendeu das agressões. Ele sabia que tinha gente filmando e queria se passar por vítima. Na delegacia, ele primeiro disse que não frequentava a igreja do Pé Leve, mas depois de ser pressionado, admitiu que frequentava, sim. Não tenho dúvida que foi ele quem fez mal a minha filha e acho até que ele pode ter feito o mesmo com outras meninas", ressaltou.
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