Gêmeas que só dormem após ver caminhão do lixo passar fazem festa de Natal para garis
Segundo a avó, Ana Cecília e Ana Letícia sempre esperam a passagem dos amigos garis, em Vitória de Santo Antão
Uma pequena dupla de moradoras do bairro de Livramento, na cidade de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata do estado, só vai dormir depois de ver o caminhão do lixo passando. É assim que as gêmeas Ana Cecília e Ana Letícia, de 3 anos, se divertem nas noites. Como homenagem, elas pediram à avó, Valéria Malheiros, para fazer uma festa de Natal para os amigos garis .
“Eu sou naturalmente de fazer festa e quando elas pediram um bolo para os garis, eu me juntei com a minha nora, a gente comprou umas coisinhas e fez a comemoração”, contou a avó.
Segundo ela, as pequenas ficaram muito felizes ao homenagear os quatro trabalhadores que alegram as noites na rua da família. A festinha foi feita na noite da quarta-feira (15), de surpresa para os trabalhadores.
"É tão engraçado, porque eu não moro com elas, eu moro só. Uma vez, quando eu fui na casa delas, a gente estava lá brincando e elas disseram ‘vovó, o carro do lixo’, e foram para a porta olhar. Achei aquilo tão bonitinho", contou.
Além do bolo decorado com bonequinhos uniformizados de gari e caminhões, a família também deu panetones e salgados para os trabalhadores.
Avó coruja, Valéria disse que as meninas são muito comunicativas e que é só verem os garis para quererem conversar com eles.
"A gente leva elas para falarem com eles e eles sempre tratam com muito carinho. Aquilo toca meu coração, porque apesar do trabalho difícil, eles estão ali, de sorriso aberto", declarou Valéria.
A avó contou, ainda, que mesmo quando o caminhão demora a passar, as meninas não pregam o olho enquanto não encontram os amigos trabalhadores.
"Às vezes eles vêm só perto de meia-noite. E tu achas que elas dormem? Ficam acordadas brincando, quase pregando o olho, mas não querem dormir até eles passarem", disse.
Segundo ela, as meninas são um xodó na família e passaram, ainda recém-nascidas, por um processo difícil de recuperação, após terem nascido prematuras, com 28 semanas de gestação.
"Elas passaram mais de quatro meses no hospital, a gente só podendo visitar. Foi uma agonia em incubadora, cuidados médicos, mas deu tudo certo com a graça de Deus", afirmou.
As pequenas fazem aniversário em 17 de abril e, segundo Valéria, a vontade atual é de fazer uma festa maior, com o mesmo tema. "Fico muito feliz que elas estejam crescendo assim, olhando com carinho para as pessoas. É um orgulho mesmo que me dá", afirmou.
* Estagiária sob a supervisão de Bruno Marinho e Pedro Alves, editor e repórter do g1 PE, respectivamente.
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