Operação do IMA flagra lixão irregular e desmatamento no Sertão alagoano
Ação iniciou na quarta-feira (16) e segue até o sábado (19); armazenamento irregular e desmatamento estão entre os problemas encontrados
O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) faz uma operação para identificação de possíveis infrações ambientais, na região do sertão alagoano. A ação teve início na quarta-feira (16) e segue até o sábado (19). Em dois dias de vistorias foram aplicados cinco autos de infração, que juntos somam mais de R$ 73 mil, além de três embargos de áreas.
A ação é realizada na região do Refúgio de Vida Silvestre dos Morros do Craunã e do Padre, uma Unidade de Conservação existente no município de Água Branca. A equipe da Gerência de Fauna, Flora e Unidades de Conservação do MA/AL, conta com o apoio de policiais do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).
Segundo Epitácio Correia, gerente de Fauna, Flora e Unidades de Conservação do IMA, o objetivo do órgão é fazer uma ação integrada e extensiva, de modo constante, nas áreas protegidas do Estado.
Um depósito de lixo foi encontrado na zona rural de Delmiro Gouveia, área que deveria abrigar materiais recicláveis. O local foi interditado e recebeu a maior multa, R$38.272,09, por causa do tamanho do dano e por funcionar de modo irregular uma área de armazenamento de resíduos e contaminantes.
“A quantidade de lixo é surpreendente, inclusive com a presença de materiais perigosos e altamente poluentes. O impacto é grande no meio ambiente, mas o perigo maior recai diretamente para a população”, comentou o gerente.
No mesmo município, um outro empreendimento, dessa vez voltado para o armazenamento de sucata, recebeu duas autuações, somando o valor R$ 20.515,00, por causa da falta de licença ambiental e o potencial poluidor da atividade, além do lançamento de resíduos sólidos em desacordo com a legislação.
Por lançamento de resíduos sólidos no ambiente, também houve mais uma emissão de auto de infração no valor de R$5.000.
No município de Água Branca, um homem foi autuado no valor de R$10 mil por desmatar uma área de 1.8 hectares, ou 18 mil m², de vegetação nativa do bioma Caatinga. A área também foi embargada e o responsável responderá a um processo administrativo.