[Vídeo] Pessoas em situação de rua em Arapiraca sentem-se "invisíveis" para a sociedade
A situação da invisibilidade foi anunciada pelas pessoas em situação de rua que assistiram à peça O Papelão na Casa de Cultura de Arapiraca
![[Vídeo] Pessoas em situação de rua em Arapiraca sentem-se 'invisíveis' para a sociedade](https://img.7segundos.com.br/z-lsHXfJs8QGn0WVVXxbP8iXHzM=/1110x650/s3.7segundos.com.br/uploads/imagens/sergio-severino.jpg)
A peça “O Papelão” do produtor cultural Henrique Avlis trouxe à tona a invisibilidade de pessoas que vivem em situação de rua em Arapiraca. Elas se sentem invisíveis aos olhos da sociedade.
O depoimento é unânime entre as pessoas que assistiram o espetáculo encenado pelo ator Denis Sylva, na quarta-feira (30), no auditório da Casa da Cultura, na Praça Luiz Pereira Lima, que abriga moradores em situação de rua.
Essas pessoas afirmaram que não são vistas. São ignoradas. E a maioria tem medo de dormir na rua por causa da violência.
“Somos invisíveis à sociedade”, disse o pernambucano do Recife, Sérgio Severino da Silva, que mora na capital do Agreste desde 2014. Ele já foi comerciante. Mas, depois que participou de uma festa e gastou R$ 1 mil consumindo crack, não foi mais o mesmo. Passou a viver nas ruas da cidade, onde mora até hoje.
“As pessoas esculhambam com a gente. Já levei chute e cuspe na cara enquanto dormia no papelão na rua”, afirmou ele. O vício do crack deixou marcas no corpo de Sérgio Severino para o resto da vida. Ele teve a mandíbula e o fêmur quebrados.
A internação por três meses em uma clínica de dependentes químicos no município de Coité do Nóia, no Agreste de Alagoas, o tirou do vício. Hoje, ele aconselha: “Pelo amor de Deus, não vá para as drogas que é um caminho sem saída”. Ele tenta, agora, sair das ruas. Mas, ainda, não sabe como.
Vício na bebida

Também natural de Pernambuco, Clévis Patrício Tavares dos Santos, tem 33 anos e perdeu a mãe antes de completar o primeiro ano de vida. Encontrou acolhimento na família, estudou e trabalhou, mas perdeu tudo que tinha devido o vício no álcool e foi parar nas ruas. Por medo da violência, Clévis evita passar a noite ao relento e quando anoitece sempre procura um dos abrigos do município.
“Faço de tudo para não dormir na rua porque tenho medo da violência e de sofrer agressão durante a noite”, afirmou.
Os depoimentos desses moradores em situação de rua estão na matéria abaixo:
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