Justiça

Após 10 anos, pais de arapiraquense morta no trânsito em Maceió esperam por Justiça

Réu acusado de dirigir embriagado, avançar sinal vermelho e arrastar Bruna Carla vai a julgamento nesta terça (26)

Por 7Segundos 25/04/2022 14h02
Após 10 anos, pais de arapiraquense morta no trânsito em Maceió esperam por Justiça
Bruna Carla morreu aos 19 anos, após ser atropelada na faixa de pedestres em Maceió - Foto: Cortesia

Depois de quase 11 anos da morte da estudante universitária de Ararapiraca, Bruna Carla da Silva Cavalcante, o motorista acusado de provocar a morte da jovem - que tinha 19 anos naquela época - vai sentar no banco dos réus.

José Leão da Silva Júnior, que foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado será submetido a júri popular. O julgamento será comandado pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Capital, Ewerton Carminati, e irá acontecer no Fórum do Barro Duro, na terça-feira (26).

"Esperamos que enfim a Justiça seja feita e a gente tenha um pequeno alívio, porque a dor e a saudade vão continuar por toda a vida", declarou o pai da vítima, José Carlos.

Ele conta que a morte de Bruna, ocorrida em 13 de agosto de 2011 mudou a vida e ainda causa sofrimento à família e aos amigos da jovem, mesmo após todo esse tempo. "Foi um acidente brutal, cruel, que deixou marcas profundas na família e nos amigos que até hoje sentem a sua ausência. E ele [o réu], ao longo desses 10 anos teve apenas a sua carteira de motorista apreendida. Essa foi a única punição que recebeu até agora", declarou.

Bruna Carla era estudante universitária e estava passando o final de semana em Maceió com a irmã, quando foi atropelada ao atravessar a faixa de pedestres na Avenida Júlio Marques Luz. Ela foi arrastada por aproximadamente cinco metros e chegou a ser socorrida com vida, mas morreu pouco depois, no hospital.

Conforme denúncia apresentada pelo Ministério Público, José Leão da Silva Júnior ultrapassou o sinal vermelho em alta velocidade e atingiu a vítima. Em seguida, ele teria desligado os faróis, passado o carro por cima da vítima e fugido do local. Havia informações também de que o réu teria consumido bebidas alcoólicas antes do acidente.

Em sua defesa, o réu alegou que o local do acidente estava escuro e que ele pensou que havia passado por cima de uma caixa. Ele também negou estar embriagado.

Após ser pronunciado por homicídio duplamente qualificado, usando meio que pode resultar perigo comum e recurso que dificulta a defesa da vítima, os advogados de José Leão ajuizaram recursos no Tribunal de Justiça, que foram denegados.