Prefeitura de Arapiraca e Conselho LGBTQIA+ promovem I Sarau pela Diversidade
O evento acontecerá na Praça Luiz Pereira Lima, mais precisamente no hall de entrada da Casa da Cultura e na tenda cultural

Neste dia 28 de julho, o mundo celebra o Dia do Orgulho LGBTQIA+, uma homenagem ao episódio que muitos historiadores consideram como o início da luta organizada pelos direitos da referida comunidade nos Estados Unidos e, paralelamente, em outras países ocidentais.
Com o objetivo de marcar essa celebração, a Prefeitura de Arapiraca, através das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Social, Cultura e Educação, e o Conselho Municipal de Combate à Discriminação contra LGBTQIA+, realizarão a primeira edição do Sarau pela Diversidade, que acontece na próxima terça-feira, dia 5 de julho.
O evento acontecerá na Praça Luiz Pereira Lima, mais precisamente no hall de entrada da Casa da Cultura e na tenda cultural, e contará com exposição, roda de discussão, apresentações culturais e palco aberto para intervenções artísticas.
Para a presidente do conselho municipal, Anahí Bezerra, eventos como esse são muito importantes para promover a equidade social e reforçar a importância do conjunto de direitos humanos voltados à diversidade de orientações sexuais e de gênero.
"Construir espaços e momentos de celebração das existências LGBTQIA+ promovem a visibilidade de uma parcela da população arapiraquense que tem sido por vezes esquecida, seja na elaboração das políticas públicas, seja nos serviços de atendimento à população, ou mesmo nos espaços de sociabilidade. O I Sarau pela Diversidade é principalmente uma reivindicação ao nosso direito à cidade, ao lazer, à vida, ao amor, à felicidade. É uma manifestação sociocultural pelo direito de existir", explicou Anahí.
A secretária de Desenvolvimento Social, Fabrícia Galindo falou sobre a experiência de construir esse novo momento voltado à diversidade, reforçando que o município tem buscado um olhar mais atencioso às pautas e às vivências da comunidade LGBTQIA+ arapiraquense.
"Em novembro, demos um passo muito importante na defesa dos direitos pela liberdade e pela luta contra a lgbtfobia, com a posse do nosso conselho municipal. Com o apoio do prefeito Luciano Barbosa, temos muito trabalho para garantir espaços cada vez mais amplos à comunidade de Arapiraca”, disse a secretária.
Contexto histórico
Em 28 de junho de 1969, os frequentadores do Stonewall Inn., bar gay no vilarejo de Greenwich, em Nova York, resolveram dar um basta nos anos de violência e perseguição policial aos seus membros e espaços de convivência, causando o "levante" que daria origem ao movimento LGBTQIA+ que conhecemos hoje.

A principal semelhança entre os movimentos LGBTQIA+ do Brasil e dos Estados Unidos está nos seus respectivos nascimentos, que foram marcados pela necessidade de uma estrutura social organizada frente às violências policiais.
Por aqui, mesmo que o regime militar destinasse a censura e outras táticas de silenciamento ou intimidação, a qualquer grupo de oposição, havia uma perseguição específica à comunidade LGBT, especialmente em São Paulo, onde algumas operações policiais, como "Sapatão e "Tarântula", lideradas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais, tinham por objetivo a prisão arbitrária de lésbicas e travestis tendo como fundamentação a “moral e os bons costumes” da época.
Orgulho
O conceito de orgulho é antagônico à vergonha que foi usada ao longo da história para controlar e oprimir a população LGBT.
O movimento de orgulho é afirmativo e tem três premissas principais: a de quea as pessoas devem ter orgulho da sua orientação sexual e identidade de gênero; a de que a diversidade é uma dádiva; e a de que orientação sexual e identidade de gênero são inerentes ao indivíduo e, sendo assim, não podem ser intencionalmente alteradas.
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