Justiça

Corregedoria inicia correições em comarcas do Sertão de Alagoas

Diálogo estabelecido com magistrados e servidores tem o intuito de aperfeiçoar a prestação dos serviços aos jurisdicionados

Por 7Segundos 29/09/2022 13h01
Corregedoria inicia correições em comarcas do Sertão de Alagoas
Corregedor-Geral da Justiça de Alagoas, Des. Fábio José Bittencourt Araújo, inicia correições em quatro comarcas do Sertão - Foto: Niel Rodrigues / Assessoria Corregedoria

Nesta quarta-feira (28), o Corregedor-Geral da Justiça de Alagoas, Des. Fábio José Bittencourt Araújo, deu início às correições extraordinárias programadas para ocorrer em quatro comarcas do Sertão. Durante a abertura dos trabalhos, o diálogo foi estabelecido com Magistrados e Servidores em Delmiro Gouveia e em Água Branca, oportunidades em que o Corregedor-Geral solicitou o empenho de todos para garantir uma prestação jurisdicional efetiva à sociedade.

"Fiquem cientes de que as correições não são realizadas somente com a intenção de apurar deficiências, mas também para analisar e expandir as boas práticas exercidas nas diversas unidades do Poder Judiciário. Nós que integramos a Justiça alagoana devemos ter empatia e nos colocar no lugar das partes dos processos que necessitam de uma resposta da Justiça. Para isso, é preciso que o Poder Judiciário estreite o relacionamento com os Magistrados, Servidores e Advogados, para aperfeiçoar os serviços prestados à população", comentou o Corregedor-Geral.

O Magistrado Elielson dos Santos Pereira, diretor do Fórum e titular da 1ª Vara, afirmou que o papel fundamental da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ/AL) é de orientação, no sentido de disciplinar as atividades judiciárias.

"Nesse contexto, entendo como importante a presença física da comitiva da Corregedoria como forma de mostrar que o órgão está disposto a orientar e melhorar os serviços jurisdicionais, pois a finalidade de todos os atores do Poder Judiciário é garantir uma prestação jurisdicional célere através da solução de conflitos que vêm ao Judiciário", disse o Magistrado.

Há mais de 20 anos atuando na Comarca de Delmiro Gouveia, a Magistrada Raquel David Torres de Oliveira, do Juizado Especial Cível e Criminal, lembrou das dificuldades enfrentadas no início da carreira como Juíza de Direito. Ela falou da evolução do Judiciário e da mudança de cultura no decorrer do tempo.

"Hoje, o Poder Judiciário é o equilíbrio da democracia, mesmo o momento atual sendo tão difícil. O Corregedor e os Juízes Auxiliares trazem também boas práticas para que a gente consiga melhorar o trabalho. Não restam dúvidas de que precisamos melhorar, mas acredito que, em comparação com o passado, evoluímos muito em tecnologia", ressaltou a Juíza, ao citar a efetivação das audiências virtuais.

Na Vara do Único Ofício da Comarca de Água Branca, quem recebeu a comitiva da Corregedoria foi o Juiz de Direito Dr. Marcos Vinicius Linhares Constantino da Silva. Ele e o escrivão Arnon Manoel da Silva esclareceram dúvidas com o Desembargador Fábio Bittencourt sobre o Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e pediram que o Judiciário oferte cursos para os servidores que trabalham com essa tecnologia.

"É uma oportunidade para identificar eventuais problemas para serem corrigidos e também apresentar demandas específicas e reivindicações de melhoria. A gente que trabalha no Sertão, distante da Capital, se sente privilegiado pela presença do Corregedor que, in loco, verifica as nossas condições de trabalho", ratificou Dr. Marcos Vinicius.

Também participam das correições extraordinárias o Magistrado Auxiliar da CGJ/AL, Dr. José Miranda Santos Júnior, e as servidoras da Divisão de Inspeção e Correição, Samyane de Araújo Peixoto Sousa e Patrícia Maria Sarmento Lopes.

OAB Sertão


Ainda no Fórum de Água Branca, o Corregedor-Geral da Justiça dialogou com o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Sertão - OAB Delmiro Gouveia, Gerd Gomes, e com a Coordenadora Caroline Carvalho, que apresentaram uma avaliação geral das necessidades intermediárias do Judiciário, com perspectivas da Advocacia sobre melhorias da prestação jurisdicional e possibilidades de avanço.