Delegados revelam detalhes de operação da Deic que resultou na prisão dos Gêmeos das Rifas
Quatro pessoas foram presas durante a operação
A Polícia Civil de Alagoas, por meio dos delegados Filipe Caldas e Cayo Rodrigues, da Deic, em entrevista coletiva, revelou detalhes da operação que desmantelou uma organização criminosa que vinha atuando há mais de 1 ano, em Alagoas e na Bahia, por meio de rifas ilegais de bens de alto valor.
Na operação, quatro pessoas foram presas, em Alagoas, sendo três deles irmãos, inclusive dois gêmeos. Um homem, com prisão decretada, está foragido.
Na Bahia, um casal que tinha atuação na quadrilha conseguiu fugir, mas seus advogados já negociam com a Draco, grupo especial da Polícia Civil baiana, a apresentação dos dois acusados.
Todos os decretos de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal.
Além das prisões, foram apreendidos 23 automóveis, um caminhão, 26 motos, três pistolas, um revólver, além de R$ 122 mil, em dinheiro. Outros R$ 65 milhões foram bloqueados das contas de empresas e pessoas físicas ligadas à organização criminosa.
As investigações começaram faz seis meses, depois que pessoas que apostavam nas rifas, por meio do Instagram, desconfiaram de um suposto esquema nos sorteios, pois uma pessoa chegou a ganhar mais de uma vez e um grupo de pessoas da mesma cidade também era premiado.
A Deic, segundo o delegado Filipe Caldas, descobriu que o grupo criminoso não tinha autorização do Ministério da Economia para realizar os sorteios, e a Receita Federal e a Secretaria de Estado da Fazenda informaram que não receberam tributos dos bens sorteados.
Inicialmente, os acusados devem responder por crimes de organização criminosa, prática de jogo de azar (uma contravenção), falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e, possivelmente, estelionato.
O delegado alerta ainda que pessoas que tenham sido sorteadas, pelo menos, nos últimos seis meses, e estão de posse dos automóveis, devem procurar a Deic e espontaneamente devolverem o bem, pois caso contrário poderão até responderem por crime de receptação.