PM denunciado por morte de adolescente também teria participado de abordagem a Marcelo Leite
Família de Danilo luta há mais de um ano por Justiça

Duas abordagens policiais que resultaram em morte, ocorridas em intervalo menor que um ano, tem dado o que falar em Arapiraca devido as suas similaridades. Além das características em comum, um policial militar, que terá a identidade preservada em respeito ao trâmite processual, esteve presente nas duas ocorrências. A informação são de pessoas ligadas as famílias das vítimas.
O mais recente deles foi a abordagem ao empresário Marcelo Leite, ocorrida no dia 14 de novembro de 2022, na rodovia AL-220, em Arapiraca. A vítima dirigia um veículo Hyundai Creta de cor preta e teria, segundo a guarnição policial envolvida, passado em alta velocidade por um “quebra-molas” e, em seguida, desobedecido a uma ordem de parada.
O carro de Marcelo foi atingido por diversos disparos de fuzil, sendo que um deles atravessou o porta-malas, atingindo a vítima nas costas. Ele morreu no último dia 5 de dezembro, no Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, em São Paulo, para onde foi transferido a pedido da família.
O caso mais antigo foi registrado no dia 25 de novembro de 2021 e resultou na morte do estudante de Ensino Médio Danilo Fernando da Silva, de 17 anos, no povoado Barreiras, localizado na zona rural de Arapiraca. A vítima conduzia uma motocicleta Pop 100 próximo a casa de uma tia, quando foi abordada pelos policiais.
Dentre as similaridades entre os casos está o fato de que, segundo relato das guarnições envolvidas, houve confronto entre as partes e as vítimas foram socorridas pelos próprios policiais até o Hospital de Emergência do Agreste. Também há suspeita de fraude processual. As cenas dos crimes foram alteradas e as supostas armas teriam sido implantadas, segundo as famílias das vítimas.
Sobre o caso do adolescente Danilo, o MPE/AL, por meio da 6ª Promotoria de Justiça de Arapiraca, ofereceu denúncia em desfavor dos quatro policiais que participaram da abordagem, por lesão corporal seguida de morte e fraude processual.
O processo segue sob segredo de Justiça, mas, de acordo com o MPE, “as diligências mostram que não há nenhuma prova de que a vítima portasse arma de fogo, conforme depoimento de testemunhas e filmagens obtidas. Os indícios existentes são de que a arma de fogo foi ‘plantada’, para tentar caracterizar a legítima defesa, o que configura crime de fraude processual”.
Sobre o caso do empresário Marcelo Leite, uma comissão, composta pelos delegados Filipe Ferreira Rodrigues Caldas, Sidney Walston Tenório de Araújo e Cayo Rodrigues Silva, está conduzindo à investigação. Dez pessoas foram ouvidas, sendo seis delas policiais envolvidos no caso.
Em contato com um dos delegados, o Portal 7Segundos foi informado de que foi solicitado à Justiça a prorrogação do prazo para entrega do inquérito policial. Neste interim, o Instituto de Criminalística (IC), deve realizar a reprodução simulada sobre o fato.
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