Descartado da chefia da PRF, Camata diz se arrepender de apoio à Lava Jato
Edmar Camata foi secretário de Transparência do Espírito Santo,

O policial rodoviário federal Edmar Camata afirmou hoje que se arrepende de ter declarado apoio à Operação Lava Jato. Indicado na terça-feira (20) para assumir o cargo de diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o agente virou alvo de críticas por ter, no passado, se manifestado a favor da prisão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e perdeu o posto para Antônio Fernando Oliveira.
O que aconteceu?
-Oliveira agora será nomeado após a desistência de Flávio Dino, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, na escolha de Camata para chefiar a PRF.
-Camata perdeu força após ser revelado que já foi entusiasta da Operação Lava Jato, da atuação do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) à frente do Ministério da Justiça, e da prisão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
-Dino disse que a substituição se deu por "polêmicas nas últimas horas" em torno do nome de Camata, causando o "entendimento" de "que seria mais adequado proceder a substituição".
A declaração ocorre depois de Dino ter anunciado o nome de Oliveira para substituí-lo. Camata diz que aceitou o recuo com tranquilidade.
"Aceitei a determinação com tranquilidade e desejo sucesso no processo de apaziguamento e diálogo dentro da corporação. Chefiar a PRF não era um desejo pessoal. Mantenho minha trajetória como ativista anticorrupção, dentro ou fora do governo", disse Camata.
Comando da PRF virou alvo de investigações. A corporação tornou-se alvo de escrutínio da equipe de Lula após o MPF (Ministério Público Federal) ter aberto procedimentos para apurar se o ex-dirigente Silvinei Vasques, indicado por Jair Bolsonaro (PL), favoreceu manifestantes bolsonaristas durante atos golpistas realizados em rodovias federais.
Até janeiro de 2023, a direção da PRF ficará a cargo do atual diretor-executivo, Marco Antônio Territo de Barros.
"É importante, neste momento, restaurar a autoestima das polícias federais, que foram dividas ao longo do último governo", Edmar Camata.
Nome de Camata foi apoiado por partido de Dino. Em 2018, Camata disputou a eleição para deputado federal no Espírito Santo pelo PSB, mas não se elegeu. Segundo ele, o seu nome foi indicado ao governo internamente por interlocutores do partido próximos a Dino.
"É um tipo de tratativa comum em política. Quando ocorreu o convite para fazer parte do governo, eu sabia que minha missão seria de reinstalar um ambiente de diálogo e cooperação. Lamento que as coisas tenham tomado um caminho" inesperado, afirmou Camata.
O que Dino justificou para recuar de nomeação? Após determinar a troca, o político disse que as críticas de Camata a Lula no passado afetariam seu trabalho na liderança da corporação.
A questão é que não foi um julgamento sobre o que ele achava da Lava Jato, mas em face da polêmica, claro que no futuro Camata não teria condições para se dedicar como nós gostaríamos. Flávio Dino
Elogios a Moro e Deltan. Em julho de 2017, Camata compartilhou em suas redes sociais fotos de um evento em que homenageou a força-tarefa e seu então coordenador, o agora ex-procurador e deputado federal eleito Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
Sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), Camata compartilhou em suas redes sociais imagens de uma viagem a Brasília, em que foi a uma palestra do então ministro da Justiça, Sergio Moro.
Nas redes sociais, logo após a prisão de Lula, Camata afirmou que o petista "se difere por ser uma figura ainda com apoio popular. Ídolo, origem humilde e de representação social. Aí vem uma reflexão: a discussão sobre corrupção é menos importante quando o preso é alguém que gostamos?".
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