Polícia

Defesa de policial militar acusado de fraude processual no Caso Marcelo Leite nega confissão

Confira a nota na íntegra!

Por 7Segundos 28/04/2023 14h02 - Atualizado em 28/04/2023 14h02
Defesa de policial militar acusado de fraude processual no Caso Marcelo Leite nega confissão
Marcelo Leite tinha 31 anos e era empresário - Foto: Reprodução/Acervo Pessoal

O advogado César Filho, responsável pela defesa do policial militar acusado de fraude processual após a abordagem que resultou na morte do empresário arapiraquense Marcelo Leite, em novembro de 2022, entrou em contato com o Portal 7Segundos negando que seu assistido tenha confessado a modificação da cena do crime.

Em nota, a defesa classificou como mentirosa a informação repassada pelo advogado da família de Marcelo Leite, de que o  quarto policial teria retirado o veículo da vítima do local do crime, com o objetivo de criar uma narrativa de “legítima defesa”.

Cesar Filho afirmou a defesa foi surpreendida pela inclusão do policial na denúncia, tendo em vista que não houve fato novo que justificasse a situação.

Além dele, outros três policiais militares já são investigados e acusados por homicídio qualificado, denunciação caluniosa e fraude processual. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) em fevereiro de 2023.

Confira a nota na íntegra:

Mentira! É falsa a afirmação de que o 4º policial denunciado, e nosso assistido, confessou a modificação da cena do crime para criar a narrativa de que tinha a legítima defesa.

A defesa foi surpreendida com a inclusão desde policial na denúncia, tendo em vista que não houve fato novo que justificasse a situação. A comissão de delegados que relataram o Inquerito Policial não o indiciou; seguida pelo Ministério Público, que não ofereceu denúncia. A defesa lamenta a situação visto que o processo penal não deve ser lastrado ao bel-prazer.

É necessário reestabelecer a verdade ao público e deter manifestações intelectualmente desonestas, que têm como finalidade enganar a opinião pública.

Relembre o Caso

Marcelo dirigia um veículo Hyundai Creta de cor preta e teria, segundo a guarnição policial envolvida, passado em alta velocidade por um "quebra-molas" e, em seguida, desobedecido a uma ordem de parada. Ele foi socorrido pelos próprios policiais e encaminhado ao Hospital de Emergência do Agreste, sendo transferido alguns dias depois para a Santa Casa de Misericórdia de Maceió e, em seguida, para o Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, em São Paulo, onde veio a óbito na madrugada da última segunda-feira (5).

No relato do flagrante registrado pela PM, os militares informaram que o empresário teria apontado uma arma para a guarnição, que reagiu atirando em direção ao pneu do veículo. Um desses tiros, que teria sido proveniente de um fuzil, perfurou o porta-malas e atingiu Marcelo nas costas.

A família da vítima refuta o relato dos policiais e afirma que o empresário nunca possuiu arma de fogo.