Os familiares do agente penitenciário Márcio Alexandre da Silva, 32, assassinado no dia 29 de abril, contrataram advogados para atuarem como assistentes de acusação contra o acusado do crime, Klebson Ramon Santos Silva, que confessou o homicídio e está respondendo em liberdade.

O advogado criminalista Limerges Almeida, e o irmão da vítima, Wallace Nunes, foram entrevistados na manhã desta terça (30), no programa Antena Manhã, da Rede Antena7, empresa do grupo 7Segundos. Saiba mais sobre o crime após o vídeo.

Apesar de o processo correr em segredo de justiça afirmou que ainda esta semana deverá acionar a Justiça contra a liberdade provisória do acusado do crime por entender que o réu confesso deveria estar preso enquanto aguarda julgamento do caso.

No dia em que os familiares realizam missa de trigésimo dia da morte de Márcio Alexandre, o irmão dele, Wallace Nunes relatou que o réu era considerado "amigo de infância" e que tinha convivência com toda a família do agente penitenciário, que agora está indignada que o acusado está em liberdade provisória sem sequer ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

"Meu irmão foi morto pela própria arma, sem chance de defesa. As imagens das câmeras mostra ele [o assassino] saindo do carro e atirando contra o meu irmão, que sequer reagiu. Parecia até estar cochilando. Tudo isso por um motivo torpe, fútil", declarou.

CRONOLOGIA DO CRIME

29 de abril
- Márcio Alexandre da Silva é assassinado com disparo de sua própria arma de fogo, dentro de um carro estacionado em um posto de gasolina no bairro Caititus, em Arapiraca.
- A vítma trabalhava como agente sócio-educativo no Presídio do Agreste e tinha porte de arma.
- Ele e Klebson Ramon estavam bebendo e tiveram uma discussão motivada por uma brincadeira entre eles.
- A dupla saíu de carro, com Klebson dirigindo, Márcio no banco do passageiro, e uma terceira pessoa no banco de trás.
- O acusado parou o carro no estacionamento do posto de combustíveis e, aproveitando uma distração de Márcio, pegou a arma dele, desceu do carro e efetuou disparos contra a vítima, que morreu na hora.
-Após o crime, Klebson Ramon fugiu a pé, abandonando a vítima e a testemunha do crime, que também estava dentro do carro.
- O crime foi registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento.

11 de maio
- Klebson se apresenta na delegacia junto com o advogado, confessa ter matado o amigo e dá detalhes de como o crime aconteceu.
- Após oitiva na Delegacia de Homicídios de Arapiraca, ele permaneceu preso.

17 de maio
- A 5ª Vara Criminal de Arapiraca concedeu liberdade provisória a Klebson, com algumas medidas restritivas, mas sem monitoramento de tornozeleira eletrônica, com a justificativa de que ele não tem antecedentes criminais, e possui residência e empregos fixos.