Julgamento de acusados do assassinato de Gil da Funerária só deve ser concluído à noite
Júri popular reiniciou nesta quarta-feira (19) com debate entre acusação e defesa
O segundo dia do júri popular de José Henrique Queiroz Barbosa Rocha, 38, e Bruno Barbosa Vilar, 27, chegou ao segundo dia com os debates entre defesa e acusação dos réus. Eles estão sendo julgados por homicídio triplamente qualificado e destruição de cadáver de Gilmário Alencar dos Santos, ocorrido em fevereiro de 2021.
Caso os advogados de defesa, Ministério Público e assistentes de acusação usarem todo o tempo previsto, o debate pode ter até 8h de duração. Com isso, a expectativa é que os jurados só devem chegar a um veredito na noite desta quarta-feira (19).
No primeiro dia do julgamento, presidido pelo juiz Antônio Íris da Costa Júnior, foram ouvidos os dois réus e seis testeminhas de defesa e acusação. Os familiares da vítima, que também era conhecida como Gil da Funerária, que fizeram manifestação pacífica na terça, voltam a acompanhar o júri.
Entenda o caso
O empresário Gilmário Alencar foi dado como desaparecido no dia 24 de fevereiro de 2021. A família acionou a polícia informando que ele havia saído de casa dizendo que faria uma viagem até Bom Conselho (PE), mas não chegou ao destino.
De acordo com a polícia, ainda em Olho d'Água das Flores, a vítima foi atraída para o lava-jato de José Henrique, onde foi rendido pelos dois funcionários armados. Gil da Funerária foi assassinado por estrangulamento e seu corpo foi deixado dentro do escritório do estabelecimento.
Para simular o sequestro, os dois funcionários dirigiram o veículo que pertencia à vítima, uma Hilux SW4 até Arapiraca, abandonando o veículo em um posto de combustíveis.
As investigações apontam que os dois acusados voltaram para Olho d'Água das Flores e jundo com o dono do lava-jato levaram o corpo para uma propriedade rural, onde o corpo foi incendiado em uma caixa d'água.
Quatro dias depois, as investigações policiais comandadas pelo delegado Gustavo Xavier apontaram o envolvimento de José Henrique e dos funcionários deles no crime. Durante operação para efetuar a prisão deles, houve confronto e um dos investigados morreu na troca de tiros com os policiais.
Após a prisão de José Henrique e Bruno, o corpo de Gil da Funerária foi encontrado, carbonizando, no interior de um reservatório dentro de uma propriedade rural que pertencia ao acusado de ser mandante do crime.