Jovem trans de Pão de Açúcar foi morta em SP após discussão durante programa sexual, afirma suspeito
Motorista por aplicativo teria desistido do programa ao descobrir se tratar de uma mulher trans
As investigações referentes a morte da jovem Ana Luiza Santos, de 21 anos, apontam que o homicídio foi motivado por transfobia. Segundo a polícia de São Paulo, o motorista de aplicativo que foi preso na semana passada confessou o crime e afirmou que havia contratado a vítima, que trabalhava como garota de programa, sem saber que se tratava de uma mulher trans.
Ana Luíza era natural de Pão de Açúcar, Sertão de Alagoas, mas morava na cidade de Jandira com outros parentes. Ela estava desaparecida há duas semanas e seu corpo foi encontrado na última terça-feira (19), às margens de uma rodovia em Pindorama do Bom Jesus.
Após diversos interrogatórios, um motorista de aplicativo confessou ter assassinado Ana Luiza com golpes de canivete no pescoço, ocultando o cadáver posteriormente.
De acordo com o delegado Marcelo do Prado, da 1ª Delegacia de Carapicuíba, responsável pelas investigações, o suspeito alegou que não conhecia a vítima até o dia do crime.
Apesar de ter confessado o crime, o motorista informou à polícia ter agido em legítima defesa após uma discussão.
“Quando ele percebeu (se tratar de uma mulher trans), desistiu do programa, e foi essa a revolta dela. Ela estaria alcoolizada, alterada, entrou em luta corporal com ele dentro do veículo e teria sacado da bolsa um canivete. E, nessa luta corporal, ele tomou o canivete e acabou dando um golpe no pescoço da vítima”, relatou o delegado.