Polícia

Prisões revelam trama de assassinato por vingança e dívida com traficante em Porto Real do Colégio

Executor informou à polícia que crime foi cometido para pagar dívida

Por 7Segundos 13/10/2023 06h06
Prisões revelam trama de assassinato por vingança e dívida com traficante em Porto Real do Colégio
Vítima estava em seu carro no momento do homicídio - Foto: Reprodução

A investigação acerca do assassinato de Sudeyvan Assis de Santana, conhecido como Mico, ocorrido em outubro de 2022 em Porto Real do Colégio, ganhou novos desdobramentos a partir das prisões de um homem apontado como executor e de um morador da cidade que teria monitorado os passos da vítima.

As investigações da 7ª Delegacia Regional de Penedo apontaram que Mico era informante das polícias de Sergipe e Alagoas, e suas atividades teriam causado prejuízos ao tráfico de drogas.

A reviravolta no caso veio na última quarta-feira (11), quando a polícia efetuou a prisão de um morador da cidade que havia fornecido informações cruciais sobre a vítima ao executor do crime. Esse morador, disfarçado de amigo, auxiliou o pistoleiro no planejamento e execução do assassinato. O executor confessou que cometeu o crime para saldar uma dívida de R$ 26 mil com um traficante local.

O chefe de Operações da Delegacia, Welber Cardoso, revelou que as investigações apontam para a formação de um "consórcio" financeiro entre traficantes da região Sul de Alagoas, que teriam se unido para custear a morte de Mico. O valor pago ao executor foi entre R$ 20 mil e R$ 25 mil. O chefe de Operações destacou que Mico, por sua colaboração com a polícia, representava uma ameaça ao tráfico, justificando a extrema medida tomada pelos criminosos.

O crime ocorreu quando a vítima estava em uma praça na Rua da Independência. Um carro prata se aproximou, e um homem desceu atirando, ceifando a vida de Mico. As imagens do videomonitoramento captaram o momento da ação e a fuga do executor. O veículo utilizado pelo criminoso tinha uma placa falsa, mas após um ano de intensa investigação, a polícia conseguiu identificar e apreender o veículo, que foi submetido a perícia.

O investigador de Penedo ressaltou que Sudeyvann estava armado no momento do assassinato, mas não teve chance de se defender, já que sua arma foi subtraída do local do crime.