Família acusa policiais militares de algemarem Edson Lopes em leito de hospital
De acordo com nota divulgada por parentes, empresário passou madrugada e manhã desta quarta algemado
Os familiares de Edson Lopes, investigado pelo atropelamento que causou a morte da policial militar Cibelly Barboza Soares e deixou ferido o noivo dela, o PM Gheymison Porto, divulgaram uma nota no final da tarde desta quarta-feira (01), denunciando que o empresário foi alvo de retaliação por parte de colegas de farda das vítimas, no leito do Hospital de Emergência do Agreste, onde ele se recupera de um AVC.
Conforme o texto divulgado para a imprensa, dois policiais militares teriam invadido a enfermaria do hospital durante a madrugada, algemaram Edson Lopes pelos punhos, fotograraram e divulgaram imagem em que o empresário aparece deitado no leito hospitalar com as mãos algemadas. Após os atos, os PMs foram embora sem serem identificados.
"Edson passou a madrugada e parte da manhã de hoje (1) com as algemas até que a defesa dele acionou o Tribunal de Justiça de Alagoas, Polícia Civil e o juiz que cuida do caso, para cobrar explicação para o absurdo, já que existe uma determinação do Supremo Tribunal Federal que proíbe o uso de algemas nessas situações", descreve a nota.
Edson Lopes cumpriu prisão temporária no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Craíbas, e ao ser intimado do mandado de prisão preventiva, teve um acidente vascular cerebral (AVC), e foi socorrido para o Hospital de Emergência do Agreste.
Segundo a nota divulgada pela família, o empresário não deverá ser transferido diretamente para o presídio após receber alta médica. Eles informaram que o Tribunal de Justiça deverá definir o local onde o empresário irá cumprir a prisão preventiva, devido ao seu estado de saúde.
A decisão do relator do caso no TJ determina também que a Secretaria de Segurança Pública adote medidas para garantir a integridade física do empresário. "Proteção máxima à sua vida e liberdade, sob pena de responsabilidade pessoal dos agentes públicos que ficarem de guarda no local", informa o trecho da decisão.
Reações
A imagem feita pelos policiais militares foi compartilhada nas redes sociais e provocou revolta no político Dudu Alburquerque. Em vídeo, ele afirma que o empresário é "homem de bem" e "vítima de perseguição".
"O juiz vai ser representado, porque ele não é melhor do que ninguém. Não cabe prisão preventiva nesse caso. Decretaram prisão preventiva, tacharam o rapaz como marginal. O rapaz estava na UTI e saiu hoje e sabe o que fizeram? Algemaram o rapaz". declarou.
O advogado Napoleão Lima, que é assistente de acusação contratado pela família da policial militar Cibelly Soares, declarou que requereu à Justiça a prisão preventiva do empresário para assegurar a instrução penal.
"A prisão preventiva é decretara quando a pessoa não colabora com a justiça, passando três dias para se apresentar à aturoidade policial. Ele soube da prisão temporária, mas só se apresentou depois que eu dei entrevista dizendo que a prisão dele tinha sido decretada. A prisão preventiva também é para que, como no caso dele, se estivesse em liberdade, não possa destruir provas que podem ser utilizadas em desfavor dele", declarou, ressaltando que o empresário é uma pessoa influente.
Ele afirmou ainda que a prisão preventiva não tem relação com a vida social do investigado, mas com a conduta que ocasionou a morte da policial militar Cibelly e os ferimentos em soldado Porto.
"As declarações dizem que ele é uma pessoa boa, mas e a vítima? ela era uma pessoa ruim? Ele atropelou, e isso não tem nada a ver se ele é uma pessoa boa ou não. O que o processo penal vai averiguar é a conduta dele e não a vida social. Ele está preso pela conduta extremanente lesiva e letal", concluiu.
A reportagem entrou em contato com o advogado Wesley Souza de Andrade, que faz a defesa do empresário Edson Lopes, mas ele não atendeu a ligação e nem respondeu as mensagens.
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