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Aprovados no concurso da Polícia Científica reivindicam criação de vagas para suprir carência no Estado

Auxliares de perícia e técnicos forenses contam com o apoio dos instrutores do curso de formação

Por 7segundos 01/02/2024 12h12 - Atualizado em 01/02/2024 13h01
Aprovados no concurso da Polícia Científica reivindicam criação de vagas para suprir carência no Estado
POLCAL: Aprovados precisam de mudança na lei com aumento de vagas para saíram do cadastro de reserva - Foto: Cortesia ao 7Segundos

Os candidatos aprovados em todas as etapas do concurso da Polícia Científica do Estado de Alagoas (POLCAL) requerem nomeação urgente. Os auxiliares de perícia e técnicos forenses buscam o aumento do número de vagas por meio de uma alteração legislativa com o objetivo de que todos que fazem parte do cadastro de reserva sejam nomeados. Visto que, existe a necessidade e urgência desse ato com a entrega recente de novas unidades da POLCAL no agreste.

“É necessário e urgente a expansão do atendimento no Estado, temos uma boa equipe aprovada no concurso público e com aprovação no curso de formação profissional, mas no momento existe o entrave para que todos sejam convocados. Entretanto com a boa vontade da Assembleia Legislativa e do Governador, isso pode ser facilmente resolvido, uma vez que há uma boa perspectiva de arrecadação esse ano para Alagoas”, disse Andreia Ramalho, aprovada no cargo de Auxiliar de Perícia.

Em uma rede social, o perito e instrutor no curso de formação da POLCAL, Gerard Deokaran, também afirmou estar ao lado dessa luta pela nomeação de todos os aprovados. “A nomeação de todos os aprovados permitirá a prestação de um serviço de qualidade da Polícia Científica a toda sociedade alagoana, além de proporcionar a regionalização do trabalho pericial no sertão alagoano”, afirmou.

De acordo com os aprovados em todas as etapas do concurso, o número de vagas disponível está muito abaixo da real necessidade para atender a demanda. No caso dos técnicos forenses, por exemplo, o Estado tem atualmente 17 efetivos e deverá nomear apenas mais 14 aprovados no último concurso, para atuar em apoio a um total de de 60 médicos legistas - somando os aprovados no último concurso. No entanto, a escala de plantão dos IML é de um médico legistas para dois técnicos forenses, um deles trabalhando na necropsia e outro trabalhando na parte externa. 

De acordo com Dayanne Simões, uma das aprovadas no concurso, a proporcionalidade entre os cargos está errada, apesar de haver, entre os aptos para o cargo de técnico forense, quantidade suficiente para atender a demanda. “Nós estamos aprovados. Fizemos o curso de formação e estamos aptos a exercer a nossa função com excelência e entregar um serviço com a qualidade que a população merece e por isso estamos solicitando a nomeação de todo o cadastro de reserva. Estamos prontos para trabalhar”, falou.

No caso dos auxiliares de perícia, a demanda por esses profissionais também é maior que a quantidade de vagas disponibilizadas no concurso. A Polícia Científica havia solicitado inicialmente 110 vagas, mas devido a falta de suporte financeiro, foram aprovadas apenas 40. Após o curso de formação profissional, 70 concursados estão aptos para começar a trabalhar, mas caso não seja aprovada lei aumentando o número de vagas disponíveis, 30 deles irão permanecer no cadastro de reserva, sem previsão para efetivação.

São inúmeros os prejuízos causados pelo número restrito de profissionais, mas o principal é morosidade no atendimento. As ocorrências no interior do Estado geram muitos desgastes sociais e psicológicos para a população. Ao investir em recursos humanos, o Estado de Alagoas dará mais dignidade às vítimas de violência e seu familiares, proporcionando um atendimento mais célere e respeitoso.