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Conheça a simbologia dos ritos religiosos e tradições da Semana Santa

Domingo de Ramos, Paixão e Ressurreição de Cristo são datas solenes para várias religiões

Por 7Segundos 24/03/2024 09h09
Conheça a simbologia dos ritos religiosos e tradições da Semana Santa
Celebração de Ramos - Foto: Reprodução

A Semana Santa, período que antecede a Páscoa, é cercada de tradições e de significados religiosos, principalmente para os católicos, embora também integre datas importantes para os seguidores de religiões evangélicas.

Neste domingo (24), católicos e evangélicos rememoram a chegada de Jesus a Jerusalém, evento mencionado nos quatro evangelhos e que marcam o início da Semana Santa.

As passagens bíblicas relatam a chegada de Jesus a Jerusalém montado em um jumento e recebido com festa pelo povo, que estendeu mantos e ramos de árvores, por isso a data ficou conhecida como Domingo de Ramos.

Os sete dias que antecedem a Páscoa é tradicionalmente um período de contrição para os católicos praticantes. A igreja católica recomenda jejum, oração, caridade de outros sacrifícios como forma de refletir sobre o sofrimento de Cristo nos últimos dias anteriores à crucificação. Os católicos também se abstém de carne e bebidas alcoólicas na Sexta-Feira Santa.

Essas restrições não fazem parte das tradições das igrejas evangélicas, de forma geral. Os seguidores dessas religiões dão mais importância à Sexta-Feira Santa, que enaltece a Paixão de Cristo, e o Domingo de Páscoa, que celebra a Ressurreição de Jesus.

A segunda-feira após o Domingo de Ramos, para os católicos, relembra a passagem bíblica conhecida como limpeza do templo. Jesus expulsa mascates e compradores que faziam negócios dentro do Templo de Jerusalém.

Terça-feira é lembrado como o dia em que Jesus foi confrontado religiosos do templo por se colocar como autoridade espiritual. No final do dia, Cristo foi com seus discípulos ao Monte das Oliveiras, onde profetizou sobre o fim dos tempos e seu regresso.

As paróquias católicas marcam a quarta-feira com a Procissão do Encontro, que simboliza o encontro entre Jesus e Maria durante a Via Crucis, conhecida também como Via Sacra. Na procissão, os homens partem em um ponto carregando a imagem de Nosso Senhor dos Passos, enquanto as mulheres partem de outro levando a imagem de Nossa Senhora das Dores. Em um certo momento, as duas procissões se encontram.

A quinta-feira celebra a Última Ceia, em que Jesus e os apóstolos comemoraram a páscoa judaica, que traz consigo a simbologia da instituição da Eucaristia. Nas igrejas católicas, os padres promovem também o ritual de Lava-Pés, passagem referente a passagem em que Jesus lavou os pés dos seus discípulos ao pôr do sol daquele dia, simbolizando a humildade e a remissão dos pecados.

Sexta-Feira da Paixão marca o dia do julgamento, condenação e morte de Cristo. Neste dia, os fiéis católicos relembram a Via Sacra em procissões e, em várias cidades a Paixão de Cristo é encenada.

O dia seguinte é conhecido como Sábado de Aleluia, data dedicada à oração e meditação, remontando os momentos em que Jesus jazia em seu túmulo. Na tradição judaica, o dia acaba ao anoitecer e é por isso que, à noite, as igrejas fazem a Vigília Pascal, momento em que os cristãos comemoram a ressurreição de Cristo, tal como ele próprio havia profetizado.

O Domingo de Páscoa, ou Domingo da Ressurreição, é dia de alegria para os cristãos, que celebra a vitória de Cristo sobre a morte.

Ovos de Páscoa

A data também tem uma tradição pagã, de presentear crianças com ovos e chocolate. O costume surgiu na Alemanha, no século 16, e se espalhou para as Américas nos séculos seguintes e tem como personagem central o coelho e o ovo. Embora não tenham relação direta entre si, ambos simbolizam renascimento e vida nova.

Inicialmente, a tradição do domingo era procurar os ovos decorados pelo coelho da Páscoa, que traziam boa sorte para quem os encontrasse. Com o passar dos anos, os ovos de galinha foram substituídos por ovos de chocolate, perdendo o sentido real da tradição e com um forte apelo consumista.