Justiça mantém prisão de atirador que confessou chacina e jogou corpos dentro de poço em Arapiraca
O suspeito foi preso e autuado em flagrante pelos quatro homicídios e permanece à disposição da Justiça de Arapiraca.
A prisão do artista plástico Reginaldo da Silva Santana, 38, popularmente conhecido como "Giba", foi mantida pelo juiz José Miranda Santos Júnior, titular da 6° Vara da Comarca de Arapiraca, durante audiência de custódia ocorrida neste sábado (20).
Ele confessou ter matado os irmãos Letícia da Silva Santos, 20; e Lucas da Silva Santos, 15; Joselene de Souza Santos, 17, companheira de Lucas, e Erick Juan de Lima Silva, 20, companheiro de Letícia no último dia 13 e ter escondido os corpos dos quatro dentro de uma cacimba, na propriedade onde ele mora, no sítio Laranjal.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o resgate dos corpos levou mais de 5 horas e precisou contar com o trabalho de mergulhadores porque os cadáveres, em estágio avançado de decomposição, estavam a uma profundidade de oito metros.
Reginaldo Santana, que foi autuado em flagrante pelos quatro homicídios e ocultação de cadáveres, é natural de Sergipe e trabalha como artista plástico. Ele é escultor de figuras sacras de grandes proporções e assina obras como Nossa Senhora do Pilar, instalada no município de Pilar; Nossa Senhora do Amparo, padroeira de Palmeira dos Índios e Nossa Senhora das Graças, que fica em Minador do Negrão.
Além disso, ele também é atirador esportivo com registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e possuía dez armas de fogo em sua residência, parte delas sem registro.
Ainda no local do crime, ele foi ouvido pelo secretário de Segurança Pública, Flávio Saraiva, e pelos delegados Gustavo Xavier e Edberg Sobral. Ele alegou ter contado com a ajuda de um sobrinho e de um homem chamado Roberto na chacina, que aconteceu após uma das vítimas ter sido baleada "acidentalmente".
Em sua confissão, o artista plástico afirmou também que o crime aconteceu porque as vítimas teriam furtado um celular e algumas ferramentas de trabalho, versão que foi contestada por familiares das vítimas.