O empresário Isaías Vieira da Silva, 36, assassinado dentro de uma clínica médica no Centro de Arapiraca no final da tarde de segunda-feira (13), tinha duas passagens pela polícia.

Ele havia sido detido pela primeira vez em 2014, sob acusação de tráfico de drogas, e a segunda vez no início deste ano, por porte ilegal de arma de fogo. O empresário informou ter registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), mas a arma encontrada com ele ficou retida para averiguação.

Isaías Vieira era sócio da empresa Lince Segurança Patrimonial e, na juventude, foi cantor em uma banda gospel.

Em abril, o empresário foi vítima de um atentado no bairro Baixão. A vítima se aproximava do carro quando pessoas, em um carro vermelho estacionado logo atrás efetuaram disparos na direção dele. Ele foi atingido na perna e socorrido por uma ambulância que passava pelo local.

Na tarde de segunda (13), ele estava aguardando transporte para voltar para casa após passar por sessão de fisioterapia na perna que havia machucado do atentado anterior, quando foi assassinado.

As câmeras de segurança do estabelecimento mostram o assassino vestido com roupas sociais que entra na clínica segurando um objeto que parece ser uma bíblia.

No momento em que o empresário se levanta e se dirige para a saída da clínica, o assassino se aproxima e efetua disparo de arma de fogo na nuca da vítima. Isaías Vieira também estava armado, de acordo com a polícia, mas não teve tempo de reagir e morreu na hora.

Antes de fugir, o assassino ainda se aproxima do corpo e tira uma foto e em seguida deixa o estabelecimento a pé.

Crime de mando

O atentado anterior e o fato de a vítima estar armada no momento em que foi assassinada, reforçam as suspeitas de que Isaías Vieira foi vítima de um crime de mando: homicídio em que há um autor intelectual, que contrata uma outra pessoa - o autor material - que planeja e executa o crime.

As investigações sobre o caso estão sob a responsabilidade do delegado de Homicídios de Arapiraca, Everton Gonçalves.

Quem tiver informações que possam ajudar a polícia, pode fazer denúncia anônima por meio do Disque Denúncia 181.