Arapiraca

Após esforço do município, partos sem fator de risco voltam a ser realizados em Arapiraca

Chama fechou maternidade no dia 15 de junho alegando inviabilidade financeira

Por Patrícia Bastos/ 7Segundos 10/07/2024 17h05 - Atualizado em 12/07/2024 10h10
Após esforço do município, partos sem fator de risco voltam a ser realizados em Arapiraca
Secretária de Saúde de Arapiraca, Rafaella Albuquerque - Foto: Patrícia Bastos/ 7Segundos

Após esforço da prefeitura de Arapiraca, os partos sem fator de risco voltam a ser realizados no município a partir da próxima sexta-feira (12). O Centro Hospitalar Manoel André (Chama) fechou a maternidade há três semanas, obrigando as moradoras de Arapiraca em trabalho de parto, que tiveram pré-natal em intercorrências, a serem transferidas para outros municípios para darem a luz a seus filhos.

"O acordo era para que o Chama retomasse a maternidade a partir desta quarta (10), mas encaminhou ofício informando que na sexta estará com tudo pronto para retomar o serviço", declarou a secretária municipal de Saúde, Rafaella Souza Albuquerque.

A maternidade do Chama fechou no dia 15 de junho, um sábado, sobrecarregando o serviço do Hospital Regional, que é referência em partos de alto risco para a 2ª Macrorregião de Saúde, que corresponde a mais de 40 municípios alagoanos.

A equipe da Secretaria de Saúde, junto com a Sesau, precisou fazer um remapeamento dos serviços de parto de risco habitual - termo técnico para partos sem fator de risco - para atender as parturientes de Arapiraca, que passaram a ser remanejadas para hospitais em Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema ou Penedo.

Rafaella Albuquerque afirma que o município passou a disponibilizar ambulâncias para levar as mulheres em trabalho de parto para esses hospitais.

"Ao mesmo tempo, desde o primeiro dia estávamos em discussão permanente tentando chegar a uma solução, que contou com o esforço da nossa equipe e do governo do estado", declarou.

O fechamento da maternidade do Chama está relacionado à crise financeira que o hospital está enfrentando, que no começo do ano provocou o encerramento temporário dos serviços de cardiologia, que foram retomados após atuação do Ministério Público.

A secretária explicou que a crise, em parte, está relacionada ao fato de o Chama ser uma instituição privada, que não pode receber recursos de emendas federais. "Apesar de a prefeitura de Arapiraca estar em dias com os repasses, ficou acertado que também vamos cobrir uma parte do déficit que o Chama está enfrentando", ressaltou.