Envolvimento com o tráfico de drogas é a principal linha de investigação da polícia de duplo homicídio em Coruripe
O envolvimento com o tráfico de drogas tem se mostrado a principal linha de investigação da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) para o duplo homicídio registrado em Coruripe, no Litoral Sul do estado, na madrugada desta quinta-feira (3). As vítimas, Ruan Ryckelme da Silva Santos, de 22 anos, e seu primo Wilames Natanael dos Santos, de 23, foram brutalmente assassinados enquanto dormiam em suas casas, no bairro João Maria.
De acordo com as autoridades, apesar de não possuírem antecedentes criminais, ambos os jovens eram usuários de drogas e tinham proximidade com traficantes da região, fato que pode ter motivado os assassinatos. Até o momento, a polícia não tem informações concretas sobre os responsáveis pelos homicídios, mas segue investigando a hipótese de que as mortes estejam relacionadas ao tráfico.
Os dois primos foram mortos a tiros por volta das 3h da manhã. Testemunhas relataram à polícia que os assassinos, dois homens ainda não identificados, invadiram primeiro a casa de Ruan, que estava dormindo ao lado da esposa. Os criminosos foram diretamente ao quarto e dispararam várias vezes contra a vítima, matando-o no local. Em seguida, os homens foram à residência de Wilames, que morava próximo ao primo, e o assassinaram da mesma maneira: tiros de pistola calibre .40 enquanto ele dormia.
As esposas das vítimas já prestaram depoimento à polícia, mas não forneceram informações que ajudem a esclarecer os motivos do crime ou a identificar os assassinos. A polícia segue ouvindo testemunhas e realizando perícias no local.
Embora o histórico de vida dos primos não registre envolvimento direto em atividades ilícitas, a polícia trabalha com a possibilidade de que suas mortes sejam uma retaliação ligada ao tráfico de drogas. Segundo o delegado responsável pelo caso, Ruan e Wilames mantinham contato frequente com traficantes da área, o que os colocava em uma posição de vulnerabilidade.
“Estamos apurando todas as linhas possíveis, mas até o momento o tráfico de drogas desponta como a principal hipótese. Não temos elementos que apontem para outra motivação”, afirmou o delegado.