Hospital de Emergência: Vigilância Epidemiológica recebe alunos de medicina da Ufal Arapiraca
Estudantes puderam ver de perto a rotina de trabalho e a importância do serviço para a II Macrorregião de Saúde
O Serviço de Vigilância Epidemiologia do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, recebeu a visita de estudantes do 5° período do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), campus Arapiraca. Futuros médicos e médicas seguiram até a sala onde funciona o serviço e foram recebidos pela assistente social, Ana Lúcia Alves, coordenadora do setor. Ana Lúcia pôde explicar a rotina de trabalho e a importância do serviço não apenas para o HEA, mas também para a II Macrorregião de Saúde, composta por 46 municípios das regiões Agreste, Sertão e Baixo São Francisco.
A epidemiologia do HEA é responsável por registrar doenças de notificação compulsória, seguindo uma orientação do Ministério da Saúde, como os acidentes por animais peçonhentos, atendimento antirrábico humano, intoxicação exógena e violência interpessoal-autoprovocada, além de acidentes de trabalho grave, de trabalho por exposição a material biológico e Síndrome Respiratória Aguda Grave/Covid-19.
Ana Lúcia Alves explica que as notificações vão além da lista do Ministério da Saúde, avançando para casos de dengue, meningite e tétano. “A gente tem uma rotina de trabalho baseada em normas e protocolos. A equipe multiprofissional visita, diariamente, os setores em busca de informações sobre os casos que deram entrada no Hospital de Emergência do Agreste. Os municípios que fazem parte da II Macrorregião de Saúde podem ter acesso a estes dados para que possam fazer campanhas com a população, alertando-a e criando ações que possam reduzir os índices”, pontua.
A coordenadora do Serviço de Vigilância Epidemiologia do HEA frisa que os dados são separados por município para facilitar o trabalho. “Por isso é tão importante colher as informações desde a chegada de cada paciente, preencher a ficha, o prontuário, interagir com os pacientes, gerando informações que vão favorecer campanhas de prevenção e as necessidades de cada município”, explica Ana Lúcia Alves.
O Serviço
O Serviço de Vigilância Epidemiológica do HEA foi criado em 2007 para colaborar com um trabalho de pesquisa realizado pelo Ministério da Saúde sobre intoxicação aguda. A atividade resultou na constatação da existência da doença da folha verde de tabaco.
“Quando a gente participa de seminários nas faculdades, congressos com profissionais ou recebe estudantes no setor, é como se estivesse plantando sementes que vão colaborar para melhorar ainda mais os serviços tanto no Hospital de Emergência do Agreste quanto em outras instituições. É a chance de mostrar para estes futuros profissionais que estamos trabalhando juntos e salvando vidas”, declara. É atuando diariamente no
Serviço de Vigilância Epidemiológica, que os técnicos do HEA, entendem, na prática, toda a importância da Vigilância Epidemiológica dentro do hospital, segundo enfatiza Ana Lúcia Alves.
“Por meio de nossa atuação comprovamos como estes dados são importantes, não só para o médico, mas também para essa devolutiva para a sociedade. Porque é a partir do desenvolvimento da construção desses dados que as políticas públicas são formadas”, afirma a estudante de medicina, Eduarda Bissoli, que visitou o HEA.De acordo com ela, a coordenadora do
Serviço de Vigilância Epidemiológica do HEA conseguiu passar a essência do trabalho de maneira impecável. “A partir do dado a gente consegue tanto tratar melhor o paciente quanto entender a sociedade para conseguir desenvolver melhorias para todo mundo. Com os dados, o poder público e os profissionais podem trabalhar com mais segurança do que estão fazendo de melhor para a população”, enfatiza a universitária. A diretora-geral do HEA,
Bárbara Albuquerque, destaca que a epidemiologia é imprescindível dentro do hospital e para os entes públicos. “A partir destas informações coletadas diariamente, com as notificações, é possível buscar soluções como fazer alertas em relação à quantidade de acidentes de trânsito, quais tipos de acidente e lista de municípios onde mais acontecem os sinistros. Com estas informações, as instituições podem fazer trabalhos de prevenção, informação, na busca para reduzir os índices. A equipe é muito competente e está sempre atenta às notificações”, sentencia.