Corpo de caminhoneiro alagoano é retirado do Rio Tocantins após 10 dias submerso
Cinco pessoas seguem desaparecidas
Após 10 dias submerso, o corpo do caminhoneiro alagoano Beroaldo dos Santos, de 56 anos, foi resgatado nesta quarta-feira (1º), de dentro da cabine amassada de seu caminhão, que permanece no fundo do Rio Tocantins. Ele foi uma das 12 vítimas confirmadas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Tocantins e do Maranhão.
O acidente aconteceu em 22 de dezembro, quando parte da estrutura cedeu, lançando caminhões, carros e motocicletas no rio. Das vítimas, apenas uma pessoa foi resgatada com vida no mesmo dia. As demais mortes foram confirmadas conforme os corpos eram localizados, muitos deles presos aos veículos submersos.
A operação para retirar Beroaldo envolveu equipes do Corpo de Bombeiros do Tocantins, do Maranhão e da Marinha do Brasil. No dia 30 de dezembro, mergulhadores localizaram o corpo, mas encontraram dificuldades para retirá-lo devido às condições do caminhão, que teve a cabine severamente deformada pelo impacto.
Nesta quarta-feira, com equipamentos específicos, as equipes conseguiram desamassar a cabine, permitindo o resgate do corpo, que foi levado à superfície. No entanto, o caminhão continua no fundo do rio.
Além de Beroaldo, foram resgatados nesta quarta-feira os corpos de Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos, e sua filha Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos, encontrados dentro de um Voyage branco. O veículo foi retirado do fundo do rio durante a operação.
Apesar dos avanços nas buscas, cinco vítimas ainda não foram localizadas: dois motociclistas e três ocupantes de uma caminhonete S10 preta. As equipes de resgate seguem mobilizadas, enfrentando desafios como baixa visibilidade e correntes no rio.
O desabamento da ponte provocou comoção em todo o país, evidenciando os riscos e as consequências da precariedade de infraestruturas críticas. As investigações para determinar as causas do colapso seguem em andamento.