Economia

Dólar avança com prévia do PIB e vai a R$ 5,71; Ibovespa sobe forte

Em dia esvaziado nos EUA por causa do feriado, atenção do mercado se voltou para a divulgação do Índice de Atividade Econômica

Por Metrópoles 18/02/2025 08h08
Dólar avança com prévia do PIB e vai a R$ 5,71; Ibovespa sobe forte
Dólar - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Em um dia de pouca liquidez nos mercados globais por causa de um feriado nos Estados Unidos, o dólar abriu a semana em alta.

A moeda dos Estados Unidos terminou o dia negociada a R$ 5,712, um avanço de 0,29% em relação à sessão anterior.

Na cotação máxima desta segunda, o dólar bateu R$ 5,722. A mínima foi de R$ 5,695.

Na última sexta-feira (14/2), o dólar encerrou o dia em queda de 1,26%, cotado a R$ 5,695. Foi a menor cotação da moeda dos EUA em relação ao real em três meses, desde o início de novembro do ano passado.

Com o resultado, o dólar acumula perdas de 2,15% no mês e de 7,57% no ano.

“Prévia” do PIB


Em um dia esvaziado nos EUA por causa do feriado, as atenções dos investidores se voltaram para a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O cálculo do IBC-Br também auxilia a autoridade monetária a definir a meta da taxa básica de juros da economia, a Selic.

Esse indicador econômico incorpora estimativas de crescimento para os setores agropecuário, industrial e de serviços, acrescidas dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção e importações).

Antes divulgado segmentado por estados e por regiões, o IBC-Br é, atualmente, calculado nacionalmente.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas.

Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Assim, levam em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados.

De acordo com os dados divulgados nesta manhã pelo BC, o IBC-Br registrou alta de 3,8% em 2024, na comparação com o ano anterior.

O resultado oficial do PIB do Brasil no ano passado será divulgado no dia 7 de março.

Segundo estimativas do Ministério da Fazenda, a economia brasileira deve ter registrado uma expansão de 3,5% em 2024.

Juros nos EUA


Apesar do feriado nos EUA nesta segunda-feira, o mercado financeiro já começa a projetar a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano).

No fim de janeiro, na primeira reunião Fomc desde a posse do presidente dos EUA, Donald Trump, o colegiado anunciou a manutenção dos juros básicos no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano.

A decisão interrompeu um ciclo de três quedas consecutivas dos juros nos EUA, que começou em setembro do ano passado – o primeiro corte em cinco anos.

Desde então, o BC dos EUA sempre deixou claro que era necessário manter a cautela e analisar cuidadosamente os indicadores econômicos para tomar suas decisões de política monetária.

Na semana passada, durante audiência no Senado dos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a autoridade monetária não deve ter “pressa” para voltar a baixar a taxa básica de juros no país.

A ata da reunião do Fomc será divulgada na quarta-feira (19/2).

Ibovespa sobe forte


O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações na Bolsa de Valores do Brasil (B3), fechou em alta no pregão desta segunda-feira.

Ao final da sessão, o índice subiu 0,26%, aos 128,5 mil pontos.

Na pontuação máxima do dia, o indicador chegou a bater os 129,5 mil pontos.

O Ibovespa foi empurrado pelo bom desempenho das ações da Petrobras, que subiram mais de 1% no pregão.

Os papéis de alguns dos principais bancos do país também tiveram forte valorização: Itaú Unibanco (0,74%), Santander (0,68%) e Bradesco (0,36%).

O indicador também acompanhou o movimento das principais bolsas da Europa, que fecharam em alta nesta segunda-feira, em meio ao aparente avanço das negociações em torno de um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.

Investidores repercutiram a reunião convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris, para discutir com alguns dos principais líderes europeus uma possível interrupção do conflito.

No último pregão da semana passada, o Ibovespa fechou em forte alta de 2,7%, aos 128,2 mil pontos.

Com o resultado, o indicador acumula ganhos de 1,65% em fevereiro e de 6,6% em 2025.