Ataque cibernético afeta rede hospitalar e deixa paciente internada em Arapiraca sem previsão de exame
Azenate Antônia permanece hospitalizada no Hospital de Emergência do Agreste

A paciente Azenate Antônia dos Santos segue internada no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, desde a última semana de março, à espera de um exame essencial para definição de seu diagnóstico e tratamento. Trata-se de uma cintilografia do miocárdio — exame de imagem que avalia o fluxo sanguíneo no coração — que deveria ter sido realizado na última terça-feira (8), mas foi adiado.
A única unidade de sáude de Arapiraca que realiza o procedimento apenas uma vez por semana, é o Hospital Chama. Segundo familiares da paciente, a alta demanda na unidade e a falta de material necessário levaram ao reagendamento do exame para a próxima semana. A paciente, no entanto, permanece hospitalizada, sem uma data exata para a realização do procedimento.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca confirmou que o exame estava previamente agendado, mas explicou que a medicação essencial para sua realização — um radiofármaco — é fornecida exclusivamente pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), que teve a produção suspensa temporariamente após sofrer uma tentativa de ataque cibernético no dia 28 de março.
A suspensão da produção de radiofármacos impacta diretamente cerca de 90 mil pacientes em todo o Brasil. Esses medicamentos, de meia-vida superior a duas horas, são fundamentais para o diagnóstico e tratamento de várias doenças, incluindo tipos de câncer e, no caso da paciente em Arapiraca, problemas cardíacos.
De acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), à qual o Ipen é vinculado, a tentativa de invasão afetou a rede da instituição, obrigando a adoção de medidas emergenciais, como a desconexão dos sistemas da internet para evitar danos maiores. A Polícia Federal já investiga o caso, mas ainda não há informações sobre os responsáveis.
Apesar do impacto generalizado, o diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), Erick Rauber, afirma que pacientes em tratamento de radioterapia não serão afetados, uma vez que os radiofármacos suspensos são usados exclusivamente na medicina nuclear, ele acredita que, se o problema for resolvido dentro da previsão de uma semana, os danos para os pacientes serão minimizados.
Enquanto isso, a paciente internada no HEA e outros milhares de brasileiros permanecem em um estado de espera angustiante, à mercê de um sistema altamente centralizado e vulnerável a imprevistos tecnológicos, como este que paralisou a produção de insumos fundamentais para a saúde pública no país.
Últimas notícias

Lady Gaga reúne 2,1 milhões de pessoas em show histórico em Copacabana, diz Riotur

Homem é preso em flagrante após dar dois tapas em rosto de ex-namorada por ciúmes

Jovem de 16 anos morre após ser perseguido e supostamente trocar tiros com a PM

Usuário de drogas é executado a tiros no retorno do Monte Verde, em Antares

Desaparecido há dias, homem é encontrado morto e amarrado em jangada no Litoral Norte de Alagoas

Caso Ana Beatriz: corpo da adolescente é localizado durante novas buscas no Litoral Norte
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
