Pais registram B.O. contra Hospital Regional de Arapiraca por morte de bebê após complicações no parto
Parto foi feito no dia 8 de maio e criança faleceu dois dias depois
Os pais de um bebê que faleceu após um procedimento de parto ocorrido Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, ocorrido no dia 8 de maio de 2025, registraram, um boletim de ocorrência na Delegacia Regional de Arapiraca denunciando o hospital sobre o caso.
A família afirma que o bebê morreu dois dias após o parto em decorrência de sequelas causadas por manobras consideradas agressivas pelo casal, feitas pela equipe médica do hospital.
O casal conta que todos os exames pré-parto foram feitos e apontavam que a criança estava com plenas condições de saúde e que a gestante também estava bem, mas no momento do parto, quando eles chegaram ao Hospital Regional de Arapiraca, a partir do início do atendimento, tudo começou a dar errado.
O casal também denuncia a falta de um médico no momento do parto. Segundo Daniele Correia e Darly Correia, pais do bebê, havia apenas enfermeiras ou auxiliares de enfermagem no local durante a realização dos procedimentos durante o parto.
Eles afirmam que as enfermeiras teriam forçado a barriga da mãe da gestante, causando, inclusive, lesões no bebê.
No momento em que ele nasceu, precisou ser levado direto para UTI e dois dias depois, a criança não resistiu e morreu.
Os pais acusam a equipe médica de negligência. A mãe, Daniele Correia, relatou no boletim de ocorrência, que chegou ao hospital acompanhada do marido e da cunhada por volta das 8h do dia 8 de maio e após sentir fortes contrações, foi encaminhada apara área vermelha, onde aguardou por cerca de 30 minutos por uma enfermeira, que realizou o exame do toque, enquanto uma outra enfermeira permanecia monitorando os batimentos cardíacos do bebê.
A gestante afirmou que estava com sete a oito centímetros de dilatação. Ela conta ainda que uma da integrantes da equipe médica chamou uma outra pessoa, informando que esa pessoa iria realizar o parto.
Essa terceira pessoa chamada colocou a gestante no soro e o bebê começou a sair por volta das 11h, porém, o mesmo estava laçado com o cordão umbilical junto dos braços envolvendo o pescoço.
Daniele conta que foi colocada deitada na maca e que duas das integrantes da equipe iniciaram a retirada do bebê, com uma delas puxando pela cabeça e a outra, empurrando a barriga e forçando a saída do bebê.
Após a retirada do bebê da barriga, a criança foi levada para outro setor do hospital que não foi informado para a mãe, que permaneceu na enfermaria. Daniele conta que nesse momento, foi negado ao pai, Darly, o acompanhamento do bebê neste outro setor para onde a criança foi levada.
A mãe informou ainda que após o nascimento do bebê, a criança passou por um procedimento de reanimação que durou cerca de 50 minutos e após cerca de três horas, o bebê foi encaminhado para UTI Neo Natal da maternidade, sendo permitido, desta vez, o acesso do pai ao filho.
Nesse momento, Darly questionou à médica responsável pela UTI sobre alguns procedimentos adotados até então, e informou que ainda que o bebê apresentava vários hematomas no nariz, braços e pernas, sendo o pai, proibido tirar fotos do filho.
A criança permaneceu cerca de um dia e meio entubada, internada na UTI, onde não resistiu e veio a falecer, devido às complicações do parto, segundo a denúncia formalizada na delegacia.
Os advogados João Neto e Lucas Monteiro, que representam os pais da criança, informaram ao 7Segundos que aguardam a abertura de inquérito policial por parte da Policia Civil e que já solicitaram ao Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho a entrega do prontuário médico, que ficou de ser entregue num prazo de 20 dias.
Hospital Regional
O Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho emitiu uma nota de esclarecimento sobre o caso, informado que a denúncia é infundada e ressaltando que conta com uma maternidade do tipo III, que é referência em urgência e emergência obstétrica.
Na nota, o hospital esclarece que o caso citado envolve uma complicação e uma fatalidade obstétrica rara e imprevisível que não poderia ser evitada, dada as circunstâncias dos acontecimentos, mesmo com os melhores recursos médicos disponíveis e afirma que a conduta da equipe esteve integralmente alinhada aos protocolos e às melhores práticas assistenciais.
A unidade hospitalar ressalta ainda que realiza mais de 3.500 partos por ano, com elevado índice de segurança e resolutividade, sendo referência regional e lamenta profundamente a exposição midiática de um caso clínico sensível, sem o devido respaldo técnico, o que contribui para a desinformação da população e para a injustiça com os profissionais de saúde que atuam com a missão de preservar a vida materna e neonatal.
Leia a nota, na íntegra, logo abaixo:
Nota de Esclarecimento
Diante de mais uma denúncia infundada que ganhou repercussão na mídia, o Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho — que conta com maternidade de tipo III e é referência em urgência e emergência obstétrica — esclarece que o caso citado envolve uma complicação obstétrica rara e imprevisível.
A gestante chegou à unidade em fase avançada de trabalho de parto, com dilatação quase completa, o que impossibilitou um acompanhamento prévio adequado. No período expulsivo, foi identificado que o cordão umbilical estava firmemente enrolado no punho esquerdo do bebê, o que comprometeu sua saída. Imediatamente, foram adotadas todas as condutas recomendadas, com atuação rápida e técnica de uma equipe multiprofissional qualificada. O recém-nascido foi reanimado e encaminhado à UTI Neonatal, mas infelizmente não resistiu.
Trata-se de uma fatalidade obstétrica que não poderia ser evitada, mesmo com os melhores recursos médicos disponíveis. A conduta da equipe esteve integralmente alinhada aos protocolos e às melhores práticas assistenciais.
O Hospital realiza mais de 3.500 partos por ano, com elevado índice de segurança e resolutividade, sendo referência regional. Lamentamos profundamente a exposição midiática de um caso clínico sensível, sem o devido respaldo técnico, o que contribui para a desinformação da população e para a injustiça com os profissionais de saúde que atuam incansavelmente na preservação da vida materna e neonatal.
O Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho segue comprometido com uma assistência segura, humanizada e pautada pelos mais altos padrões da medicina baseada em evidências.
Direção Geral
Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho
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