Justiça

Caso Mônica Cristina: MP pede mudança de local do julgamento de acusado de feminicídio

Pedido de desaforamento foi feito para garantir imparcialidade dos jurados

Por 7Segundos 13/06/2025 16h04 - Atualizado em 13/06/2025 16h04
Caso Mônica Cristina: MP pede mudança de local do julgamento de acusado de feminicídio
Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, de 26 anos. - Foto: Reprodução

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) solicitou o desaforamento do julgamento de Leandro Pinheiro Barros, acusado do feminicídio da própria esposa, Mônica Cristina Alves Barros, de 26 anos. O pedido visa a transferência do julgamento para outra comarca, por suspeitas de parcialidade do júri local e forte repercussão do caso na cidade.

O crime chocou a população da pacata cidade sertaneja na madrugada do dia 18 de junho de 2023, quando Mônica Cristina foi assassinada com um tiro à queima-roupa, em plena via pública, em frente ao Fórum de São José da Tapera. O autor do disparo foi o próprio marido, Leandro Pinheiro, que confessou o crime. 

Após a conclusão da primeira fase do processo, o promotor de Justiça Fábio Nunes, responsável pelo caso, formalizou o pedido de desaforamento. Para o MP, a transferência do julgamento é uma medida necessária para garantir a imparcialidade dos jurados e preservar a legitimidade do julgamento.

“O Ministério Público entendeu que, pela repercussão do caso, também pelo grande ciclo de amizades do réu na cidade, e havendo fundadas suspeitas de que os jurados não agiriam com imparcialidade, o julgamento deveria ocorrer em outra comarca”, explicou o promotor de Justiça Fábio Nunes.

O crime


No dia do crime, Mônica Cristina e Leandro Pinheiro tinham ido a uma festa e ele, segundo vídeo gravado pela própria vítima poucas horas antes de morrer, viviam um relacionamento abusivo entre agressões físicas e psicológicas. Ela revelou que, no momento da gravação, onde é perceptível que caminhava assustada, em lugar escuro, tentava se esconder do criminoso. Afirmou que se fosse encontrada morta, o esposo seria o assassino.

Logo em seguida, a tragédia ocorreu e Mônica teve a vida ceifada na frente do Fórum de São José da Tapera. O criminoso empreendeu fuga, mas o Ministério Público de Alagoas, mesmo antes de ser executada a sua prisão, ofertou denúncia em seu desfavor por homicídio triplamente qualificado pedindo sua prisão preventiva.