Agricultura

Ministério da Agricultura suspende venda de ração para equídeos da Nutratta após morte de cavalos

Investigação iniciada em 26 de maio registrou 122 mortes de equinos após ingestão de rações

Por Globo Rural 22/06/2025 12h12
Ministério da Agricultura suspende venda de ração para equídeos da Nutratta após morte de cavalos
Tutores dos cavalos mortos informaram que os animais consumiram rações fabricadas pela Nutratta - Foto: Reprodução

O Ministério da Agricultura determinou o recolhimento, em todo o território nacional, de todos os produtos destinados à alimentação de equídeos fabricados pela empresa Nutratta Nutrição Animal, com sede em Itumbiara, Goiás. A Pasta determinou a retirada dos produtos com data de fabricação a partir de 21 de novembro de 2024.

A empresa está sob investigação, e a comercialização dos produtos foi suspensa por risco à saúde animal.

De acordo com o Ministério da Agricultura, uma investigação iniciada em 26 de maio registrou 122 mortes de equinos em diferentes municípios dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Alagoas, com relatos adicionais de 36 óbitos ainda não investigados. Em 100% dos casos analisados até o momento, os tutores informaram que os animais consumiram rações fabricadas pela Nutratta.

O ministério lembrou que seguindo o que está estabelecido na Lei do Autocontrole, é responsabilidade do fabricante a adoção imediata de medidas de autocorreção, incluindo o recolhimento dos lotes afetados.

“O ministério segue realizando ações de campo, incluindo necropsias, coletas de amostras e levantamentos nas propriedades com ocorrência dos casos, para identificar, de forma técnica, os fatores que possam estar relacionados aos óbitos”, disse a Pasta, em comunicado.

O Ministério da Agricultura reforçou que casos semelhantes aos que afetaram os cavalos podem ser comunicados no canal de denúncias na ouvidoria do ministério. “Para auxiliar nas investigações, é importante que as comunicações informem o local da ocorrência, número total de animais, número de animais afetados ou mortos e lote da ração envolvida”.

A reportagem entrou em contato com a Nutratta para saber o posicionamento da empresa sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta nota.