O que se sabe sobre o caso do homem que teria sido morto e torturado por policiais em Santana do Ipanema
Família denuncia que vítima foi torturada durante abordagem policial; Polícia Civil apura o caso
A morte de Rogério Almir Santos de Lima, de 32 anos, após uma suposta abordagem policial em Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas, segue cercada de denúncias graves e mobiliza a população local, autoridades e familiares da vítima. O caso ocorreu no último dia 9 de julho e, desde então, gerou revolta e pedidos de investigação rigorosa.
Segundo relatos de moradores da região e de familiares, Rogério foi abordado por policiais militares enquanto estava sentado na calçada de casa. Testemunhas afirmam que ele foi levado para o interior da residência, onde teria sido amarrado a uma cama, submetido a choques elétricos e afogado com a cabeça dentro de uma pia cheia de água. Um rapaz que estava com ele no momento também relatou ter sido agredido com socos no rosto.
A viúva de Rogério, Maria Ariele, está grávida e deixou a residência com a filha pequena por medo. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela denunciou os policiais pela morte do companheiro: “Meu marido morreu de pancada. Sem terem pegado ele com nada”, disse emocionada. Ariele também afirmou que funcionários do hospital relataram que Rogério chegou ao local com sinais evidentes de espancamento, apresentando o rosto roxo e sangramentos intensos.
De acordo com a versão apresentada pelos policiais militares, Rogério teria tentado fugir ao ser abordado, pulando um muro e invadindo uma casa. No entanto, moradores da região e a própria viúva contestam essa versão, alegando que o imóvel não possui muros.
O delegado Leonardo Amorim, responsável pela apuração, informou que um inquérito policial foi instaurado e que diligências já estão em andamento para esclarecer os fatos. Já o advogado da família da vítima, Walisson dos Reis Pereira, cobrou atuação do Ministério Público e denunciou supostas falhas na condução inicial da investigação. Segundo ele, não houve coleta de depoimentos de testemunhas que estavam na casa e a perícia do local do crime não foi realizada.
Rogério Almir tinha passagens anteriores pela polícia por tráfico de drogas, homicídio e posse ilegal de arma. Apesar do histórico, pessoas próximas afirmam que ele não se envolvia mais com atividades criminosas.
A Corregedoria da Polícia Militar também foi acionada e prometeu apurar as denúncias.
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