Mais de 100 mil pessoas participam de protesto em Londres convocado por ativista de extrema direita
O ato convocado pelo ativista Tommy Robinson é marcado por slogans anti-imigrantes e pedidos de renúncia do primeiro-ministro Keir Starmer
Entre bandeiras britânicas, slogans anti-imigrantes e gritos pedindo a renúncia do primeiro-ministro Keir Starmer, mais de 100 mil pessoas se manifestaram a favor da “liberdade de expressão” neste sábado 13 em Londres, convocadas pelo ativista de extrema direita Tommy Robinson.
A manifestação encerra um verão (hemisfério norte) marcado por protestos contra os imigrantes em frente a hotéis britânicos onde se hospedam solicitantes de asilo, amplamente compartilhados nas redes sociais pelo ultradireitista.
“A maioria silenciosa deixará de ser silenciosa”, declarou Robinson à multidão. “Hoje é o início de uma revolução cultural”.
Em imagens aéreas transmitidas pela televisão, é possível ver um mar de bandeiras britânicas e inglesas no centro de Londres, para uma marcha que reuniu cerca de 110.000 pessoas, segundo a polícia da capital, que mobilizou mais de 1.000 agentes.
De acordo com a polícia, nove pessoas foram detidas por seu “comportamento inaceitável” em relação às forças de segurança, contra as quais lançaram “garrafas, fogos de artifício e outros projéteis”.
Várias personalidades da extrema direita, incluindo Steve Bannon, ex-conselheiro do presidente americano Donald Trump, aderiram ao protesto, informaram os organizadores.
“Não sou racista, apenas constatei a evolução demográfica”, disse à AFP Ritchie, um homem de 28 anos que veio de Bristol com três amigos e que classificou como “invasão” a chegada de migrantes sem documentos ao Reino Unido.
Por sua vez, Mary Williams levava uma foto do influenciador conservador americano Charlie Kirk, líder da juventude trumpista, assassinado na quarta-feira nos Estados Unidos. O acontecimento “impactou” tanto a mulher de trinta e poucos anos que ela decidiu se manifestar neste sábado. Tommy Robinson havia falado muito sobre Charlie Kirk em suas redes sociais.
Por outro lado, a organização Stand Up To Racism UK convocou, na mesma hora, uma contra-manifestação, com menor afluência.
Diane Abbott, uma das participantes do ato, defendeu à Sky News que é “muito importante se opor ao fascismo”.
“Devemos ser solidários com os requerentes de asilo e mostrar que estamos unidos”, acrescentou.
Tommy Robinson, cujo nome verdadeiro é Stephen Yaxley-Lennon, tem 42 anos e é o fundador do antigo grupo English Defence League (Liga de Defesa Inglesa), que surgiu no seio do movimento ‘hooligan’.
Conhecido por suas posições anti-imigração e anti-islâmicas, ele foi condenado várias vezes, sobretudo por perturbar a ordem pública. Em 2018, foi preso por desacato ao tribunal e, em 2024, por ter repetido declarações difamatórias sobre um refugiado.
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