Política

Cabo Bebeto comemora reintegração de posse em Arapiraca e leva bandeira do MST como troféu

A Justiça determinou a retirada de famílias que estavam acampadas em um terreno no Povoado Laranjal

Por Felipe Ferreira 13/11/2025 11h11
Cabo Bebeto comemora reintegração de posse em Arapiraca e leva bandeira do MST como troféu
Cabo Bebeto levou a bandeira do MST como um troféu - Foto: Reprodução / Redes sociais

O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) comemorou a reintegração de posse de um terreno no Povoado Laranjal, em Arapiraca, que vinha sendo utilizado pelo MST como acampamento.

O deputado, junto de aliados políticos locais, vinha atuando nos últimos meses a fim de encerrar com o acampamento do MST na localidade.

Nas redes sociais, Bebeto publicou um vídeo onde aparece retirando a bandeira do MST do mastro e levando como um troféu.

Megaoperação


A operação para retirar cerca de 57 famílias que estavam acampadas no terreno contou com 150 policiais militares e acompanhada por diversas instituições, entre elas o Tribunal de Justiça de Alagoas, Conselho Tutelar, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL), Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A determinação judicial partiu da 29ª Vara Cível da Capital – Conflitos Agrários, Possessórias e Imissões, que havia autorizado a reintegração em abril deste ano. O mandado previa um prazo de 15 dias para desocupação voluntária, sob pena de uso de força policial.

MST fala em truculência


O MST, em publicação nas redes sociais, disse que a operação de reintegração de posse aconteceu de forma truculenta. Segundo o movimento, os pertences das famílias foram destruídos.

Veja a nota na íntegra:

“De forma truculenta e violenta, o despejo das famílias do Acampamento Papa Francisco está sendo executado no agreste de Alagoas. Máquinas estão passando por cima das casas e dos pertences das famílias, destruindo o que foi construído com tanto esforço. O Movimento denuncia a violência e o descaso do Estado diante da Reforma Agrária. O povo Sem Terra reafirma que continuará lutando pelo direito de viver e produzir, resistindo à injustiça e defendendo a dignidade no campo”.