Depoimento do motorista de Mussi à polícia tem contradições
O ex-BBB Rodrigo Mussi foi levado ao hospital em estado grave após o carro de aplicativo em que ele estava bater na traseira de um caminhão

O acidente que deixou o ex-BBB Rodrigo Mussi em estado grave é cercado por contradições envolvendo a versão do motorista de aplicativo que dirigia o veículo, Kaique Reis, 24 anos. A coluna LeoDias teve acesso, com exclusividade, ao boletim de ocorrência registrado na 14ª Delegacia de Polícia (Pinheiros) logo após o acidente, na última quinta-feira (31/3). O depoimento de Kaique Reis desperta dúvidas sobre o que, de fato, ocorreu.
O motorista dirigia o Renault Logan na Avenida Marginal do Rio Pinheiros quando colidiu com a traseira de um caminhão. À polícia, Kaique Reis disse acreditar que dormiu no volante e somente acordou quando o airbag já tinha sido acionado. Até o momento, esta é a versão mais aceita. Porém, há contradições que ainda precisam ser esclarecidas.
A coluna apurou que familiares de Rodrigo Mussi estão em dúvida sobre muitas das declarações do motorista. A primeira dúvida surge sobre os horários dos acontecimentos daquela quinta-feira (31/3). Kaique Reis disse à polícia que aceitou a corrida de Rodrigo Mussi à 1h30 da madrugada, na Rua Jubair Celestino, 195, Presidente Altino, em Osasco (SP). O acidente ocorreu por volta das 4h. Ou seja, com base na versão do motorista, a corrida teria durado três horas, o que não faz sentido, uma vez que o destino final era a Rua Bela Cintra, número 1032. O trajeto, mesmo em horário de pico, duraria aproximadamente 30 minutos.
As câmeras de segurança do prédio em que Rodrigo Mussi estava e de onde ele pediu o transporte mostram ele saindo do local aproximadamente às 3h20. Ou seja, é mais um fato que reforça que o ex-BBB não pediu o carro às 1h30, como alegou o motorista.
Outra contradição de Kaique Reis é sobre a identidade de Rodrigo Mussi após o acidente. No momento em que o ex-BBB foi socorrido, ele não havia sido identificado pelo motorista e acabou admitido no hospital como um desconhecido. Mas Kaique Reis sabia o nome do passageiro, pois o informou à polícia quando deu o depoimento na manhã de quinta-feira.
A identificação da vítima facilita e torna mais rápido o contato com os familiares. Os motoristas por aplicativo recebem os nomes dos passageiros quando aceitam as corridas. Ou seja, Kaique Reis tinha como conferir o nome do passageiro em seu celular pessoal, mesmo que não lembrasse no momento. Familiares de Rodrigo Mussi questionam o motivo de Kaique Reis não ter repassado o nome do ex-BBB aos socorristas.
Outra contradição envolve o celular do influenciador. A coluna apurou que o aparelho de Rodrigo Mussi não foi encontrado pela perícia policial. Quem recuperou o smartphone foi o motorista. Além disso, Kaique Reis também não atendeu as ligações dos parentes do ex-BBB durante toda a quinta-feira, dia do acidente. Quando familiares pegaram o aparelho de volta, o celular indicava que tinha sido alvo de diversas tentativas de desbloqueio. As fontes da coluna disseram que familiares acreditam que o motorista foi quem tentou fazer os desbloqueios, sem sucesso.
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