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7 crimes bárbaros cometidos no Brasil que ainda não viraram true crime

Os true crimes brasileiros são tendências no Brasil e ainda há diversos casos para virarem filmes/documentários

Por Metrópoles 31/10/2024 15h03
7 crimes bárbaros cometidos no Brasil que ainda não viraram true crime
Os true crimes brasileiros são tendências no Brasil e ainda há diversos casos para virarem filmes/documentário - Foto: Reprodução

Se tem um gênero que os telespectadores brasileiros amam é o true crime. Diversos casos emblemáticos já foram tema de filme, série ou documentário, inclusive alterando os desfechos de investigações, com o recente longa sobre Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque.

No entanto, ainda há vários crimes bárbaros, que marcaram os brasileiros, mas ainda não foram explorados no audiovisual. Entre eles está o episódio que ficou conhecido como Crime da 113 Sul, em que Adriana Vilella foi condenada à 67 anos de prisão; o assassinato do ex-Chiquititas Rafael Miguel e de seus pais, entre outros.

Veja uma lista de crimes que ainda podem virar série ou filme:

1 – Adriana Vilella e o Crime da 113 Sul

O caso aconteceu no dia 28 de agosto de 2009 e três pessoas foram executadas, o ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a mulher dele, a advogada Maria Villela, e a funcionária da casa, Francisca Nascimento Silva.

Quatro pessoas foram condenadas, incluindo a filha do casal Adriana Villela, que teria pagado outras pessoas para fingir um assalto e assassinar seus pais e a empregada deles. O porteiro do prédio em que eles moravam, Leonardo Campos Alves, de 53 anos, concedeu entrevista exclusiva ao Metrópoles no ano passado e confessou ter participado do crime mediante tortura física e emocional.

Duas pessoas entraram na residência e renderam o casal e a funcionária. Após imobilizá-los com uma corda, os criminosos esfaquearam o trio de maneira brutal e fugiram, um para cada lado.

2 – Daniel Corrêa Freitas

O jogador, que passou por grandes clubes como Botafogo e São Paulo, foi encontrado morto no dia 27 de outubro de 2018, em um matagal na zona rural de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

O estado do corpo do atleta sugere que ele foi espancado, teve o pênis arrancado e foi morto. O casal Edison e Cristiana Brittes, a filha deles, Allana, e outras quatros pessoas respondem pelo crime.

Edison afirma que matou Daniel porque ele teria tentado estuprar sua esposa, enquanto Cristina e Allana negam participação no assassinato.

3 – Liana Friedenbach e Felipe Caffé

O jovem casal foi morto por Roberto Aparecido Alves Cardoso, mais conhecido como Champinha, em novembro de 2003. Eles tinham viajado para uma floresta isolada em Embu Guaçu, região metropolitana de São Paulo, para acampar. Liana, de 16 anos, e Felipe, de 19, saíram sem a permissão de seus pais.

Os dois foram capturados por Champinha e um amigo, que passaram pelo local para ir pescar. Os criminosos, ao lado de outras três pessoas, sequestraram os adolescentes, já que eles não tinham dinheiro, e abusaram sexualmente de Liana.

Paulo César da Silva Marques, vulgo Pernambuco, matou Felipe com um tiro na nuca. Liana foi morta três dias depois, com 15 facadas e um golpe na cabeça. Como era menor de idade, Champinha nunca foi a julgamento e passou três anos na Fundação Casa.

4 – Rafael Miguel

Conhecido por sua atuação em Chiquititas, o jovem tinha 22 anos quando foi assassinado pelo pai de sua namorada, Paulo Cupertino Matias, no dia 9 de junho de 2019. Além do ator, foram mortos seu pai, João Alcisio Miguel, e sua mãe, Miriam Selma Miguel.

O crime aconteceu quando o trio chegava à casa de Cupertino para conversarem sobre o relacionamento dos adolescentes. Paulo abriu fogo contra eles, os matou e depois fugiu. À época, o paradeiro dele foi desconhecido e se iniciou uma verdadeira caçada.

O homem foi preso em 16 de maio de 2022, em São Paulo, após ter passado, de acordo com a investigação, por 25 cidades de São Paulo, oito municípios de sete estados do Brasil e Puerto Iguazú, na Argentina. O julgamento começou, mas foi suspenso logo depois.

5 – Galdino Jesus dos Santos

Em 1997, o indígena baiano veio à Brasília para uma reunião sobre a demarcação das terras indígenas no sul de seu estado. Ele era um líder indígena da etnia pataxó-hã-hã-hãe. O crime aconteceu na W3 Sul, após o encerramento das comemorações pelo Dia do Índio.

Enquanto dormia em um ponto de ônibus, após não ter a sua entrada na pensão em que dormia permitida por conta do horário, Galdino foi morto por cinco jovens que atearam fogo ao seu corpo. Eles eram da alta sociedade brasiliense.

Em julgamento, os rapazes explicaram que queriam dar um “susto” em Galdino e que era uma “brincadeira” para que ele corresse atrás deles. No julgamento, quatro deles foram condenados a homicídio doloso, quando há intenção de matar, em regime fechado. O quinto e último acusado, adolescente à época, foi condenado a um ano de cumprimento de medida socioeducativa.

6 – Massacre de Suzano

No dia 13 de Março de 2019, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, entraram armados na Escola Estadual Professor Raul Brasil e abriram fogo contra estudantes e funcionários do local no horário do intervalo.

Eles levavam consigo jet loaders, dispositivos plásticos para recarregamento rápido de arma, uma besta, um arco e flecha tradicional, coquetéis molotov, uma machadinha e uma mala com fios que levou ao acionamento do esquadrão antibombas.

Taucci ainda matou o tio, Jorge Antônio de Moraes, antes de ir à escola, com um tiro. O ataque gerou uma grande discussão sobre a atividade dos jovens em fóruns na internet, em que todos os participantes são anônimos.

Luiz Henrique matou o comparsa e se matou na sequência. Eles queriam superar o Massacre de Columbine, nos Estados Unidos.

7 – Jeff Machado

O ator foi dado como desaparecido pela sua família no dia 4 de fevereiro de 2023, entretanto, de acordo com a investigação, ele teria sido morto alguns dias antes, em 23 de janeiro do mesmo ano.

A família mora em Araranguá, em Santa Catarina, e viajou para o Rio para registrar o desaparecimento. Mais de três meses depois, o corpo do ator foi encontrado dentro de um baú, enterrado e cimentado a dois metros de profundidade no quintal de uma casa em Campo Grande, Zona Oeste do Rio.

Em junho, a Justiça decretou a prisão de Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

De acordo com o promotor de Justiça Sauvei Lai, da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, Bruno planejou o assassinato do ator, com ajuda de Jeander, garoto de programa que, supostamente, tinha relações próximas com a vítima.

Os dois confessaram, em depoimento à polícia, terem ocultado o corpo. No entanto, atribuem o assassinato do artista a um terceiro homem, a quem chamam de Marcelo. A versão foi considerada fantasiosa e descartada pela polícia.