Uefa reforça regras de patrocínio às seleções após caso de Cristiano Ronaldo na Euro
Atacante trocou garrafas de refrigerante por água

A Uefa, órgão que comanda o futebol europeu, respondeu à retirada de uma garrafa de Coca-Cola pelo atacante português Cristiano Ronaldo durante coletiva de imprensa da Eurocopa dizendo aos times que eles têm obrigações contratuais com os patrocinadores do torneio.
Ronaldo retirou as garrafas de Coca-Cola de sua frente quando se preparava para falar com a imprensa, na véspera da estreia do Grupo F, na terça-feira, a partida entre Portugal e Hungria, em Budapeste, que os portugueses venceram por 3 x 0. O jogador de 36 anos depois ergueu uma garrafa de água e disse "água".
Um dia depois, o meio-campista francês Paul Pogba, que é muçulmano, tirou uma garrafa de cerveja Heineken de sua frente após a vitória da França por 1 x 0 sobre a Alemanha.
O meio-campista italiano Manuel Locatelli também colocou as garrafas de Coca-Cola de lado e posicionou uma garrafa de água em sua frente antes de falar com a imprensa, após ser eleito o melhor em campo na vitória da Itália por 3 x 0 sobre a Suíça na quarta-feira.
"A UEFA lembrou às equipes participantes que as parcerias são essenciais para a realização do torneio e para garantir o desenvolvimento do futebol em toda a Europa, incluindo para jovens e mulheres", afirmaram os organizadores do torneio nesta quinta-feira.
O diretor da Euro 2020, Martin Kallen, disse que o principal problema foi a ação de Ronaldo, mas havia uma compreensão em relação aos jogadores que agiam assim por motivos religiosos.
"Se for por motivos religiosos, eles não precisam ter uma garrafa lá", disse Kallen.
Ele disse a repórteres que as obrigações contratuais relativas aos patrocinadores fazem parte dos regulamentos do torneio assinados pelas federações nacionais.
A Uefa não tomou qualquer medida disciplinar em relação aos incidentes e Kallen disse que quaisquer sanções seriam competência das federações. Ele acrescentou que a Uefa não multaria diretamente os jogadores.
O dirigente da Uefa, no entanto, não descartou punições caso novos casos ocorram.
"Temos regulamentos assinados pelas federações participantes. Nós os lembramos de suas obrigações, mas é claro que isso (multas) é sempre uma possibilidade", disse ele.
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