Pedro Barros: medalha de prata nos Jogos de Tóquio praticamente cresceu em cima de um skate
Skatista foi prata em Tóquio
O skatista brasileiro Pedro Barros, de 26 anos, já garantiu a medalha de prata na primeira volta na final do skate park nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ele conseguiu 86,14 pontos e comemorou bastante ao saber que estaria no pódio nesta quinta-feira. O seu amigo Keegan Palmer, da Austrália, o passou e ficou com o ouro ao chegar no placar de 95,83 pontos. Enquanto que o americano Cory Juneau foi bronze com 84,13 pontos.
No vídeo da Red Bull Skateboarding: "Enjoy The Ride: The Origins of Pedro Barros and the Brazilian Skate Scene" o brasileiro contou que o ambiente onde cresceu em Rio Tavares, localizada no Sul da Ilha de Santa Catarina, era muito favorável para o surfe e outros esportes radicais.
A comunidade em volta já tinha astral do estilo de vida voltado a esse tipo de esporte, inclusive do skate. O pai dele, André, inclusive tinha uma loja de surfe na capital e também amava esse ambiente. Humilde e tranquilo, o brasileiro agradeceu ao universo pela medalha. Até o próprio adversário e medalhista de ouro, Keegan Palmer, também é fã de Pedro Barros e ficou feliz de ter subido no pódio ao lado do amigo.
- Eu fui para o Brasil quando tinha dez anos e o Pedro me deixou ficar na casa dele. Meu pai estava junto. Existe uma grande família. Nós nos conhecemos há tempos e estar no pódio com ele é uma grande honra - comentou Palmer, ao SportTV.
CAMINHO PERCORRIDO
O brasileiro só tinha um ano de vida quando foi colocado em cima de um skate. Mas foi aos 14 anos, que subiu ao pódio pela primeira vez em uma competição internacional, no X-Games de Los Angeles de 2009, quando ficou com o terceiro lugar no Vert.
- A gente vem lutando por isso a vida inteira, sempre rodeado de pessoas maravilhosas que lutaram mto pra fazer minha vida melhor. Essa história do park, nas olimpíadas, minha história, é só um exemplo para o povo brasileiro, que está na nossa mão. Podemos fazer do nosso país um lugar melhor através do amor e do respeito. A gente pode cair várias vezes no chão, mas a missão é ver um amanhã melhor - disse ao SportTV.
Em 2018,ele quase levou uma suspensão de dois anos pelo painel da Justiça Desportiva Antidopagem, após ser pego com uma substância derivada da maconha. Mas ele acabou recebendo uma sanção retroativa de seis meses, que completou no mesmo ano.
O sexto catarinense a receber uma medalha olímpica já sofreu com muitas fraturas e lesões para chegar até a prata. Foram 13 anos sem nenhum representante de Santa Catarina conseguir pisar no pódio olímpico.