Éverson se emociona ao falar sobre o pai como referência e afirma que realizou sonho de defender a Seleção
Goleiro do Atlético-MG teve sua primeira convocação
A emoção marcou as primeiras palavras de Éverson como goleiro da Seleção Brasileira. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (31), o jogador do Atlético-MG se comoveu ao falar sobre o que significa vestir a camisa amarelinha. E disse o que contaria para o jovem Éverson.
- Falaria que ele conseguiu o sonho da vida dele, o sonho da carreira dele, onde passou por muitas dificuldades com sua família. Pai novo e hoje está realizando um sonho aqui. Então... Não só pro Éverson mas para qualquer criança, mas sonhar não é proibido, não é impossível, se você lutar, vai realizar - disse.
Em seguida, as lágrimas rolaram ao recordar sua relação com o pai, Paulo Pires, que era goleiro na várzea em Pindamonhangaba. Éverson era gandula nas partidas que seu pai atuava.
- Quis ser goleiro vendo meu pai, pegava bolas para ele nos jogos e nos intervalos eu ia para o gol. Meu pai nem luva tinha. Nos intervalos, eu ia para o gol, meu pai chutava bola em mim. Estou realizando o sonho da minha carreira futebolística - e emendou:
- Estou com certeza realizando sonho da minha vida, da minha carreira que é vestir a camisa da Seleção, dando orgulho para o meu pai, minha mãe. Meu pai é meu maior ídolo no futebol, mesmo não sendo atleta profissional. Com certeza, está mais feliz com o filho dele que era gandula servindo a Seleção nas Eliminatórias - complementou.
Em relação à rotina de treinos, o jogador de 31 anos detalhou como foram as primeiras conversas com Taffarel, tetracampeão mundial e preparador de goleiros da Seleção.
- É um prazer trabalhar com um goleiro histórico do nosso país. Ele me deixou muito à vontade e procuro aprender para fazer minha história no Atlético-MG, para seguir meu sonho na Seleção - declarou.
O goleiro falou sobre o convívio com os dois campeões olímpicos com a Seleção.
- Estou aprendendo muito com Weverton e Santos, trabalharam com o Rogério Maia, preparador da Olímpica. São dois grandes goleiros, campeões com a Seleção olímpica. Não só com eles mas com o professor Taffarel e o Marquinhos para levar esse aprendizado para a minha vida toda - disse.
O goleiro falou sobre como desenvolveu a habilidade de sair jogando com os pés. Aos seus olhos, por mais que tenha esta qualidade, há outros méritos que pesaram na sua convocação.
- Desde a base, nas escolinhas em Pindamonhangaba, onde jogada futebol de salão. Depois, por fazer a base do São Paulo, onde tinha o Rogério Ceni como referência, pude ter essa qualidade. Procurei manter isso, a gente procura ter essa referência, creio que isso pode ser ajudado, mas se não fossem as boas defesas nada disso teria acontecido - frisou.
O Brasil enfrenta o Chile nesta quinta-feira (2) em Santiago, às 22h, pelas Eliminatórias.