Equador e Brasil empatam em jogo cheio de polêmicas de arbitragem
Jogo foi marcado por confusões da arbitragem
Em jogo com muitas polêmicas de arbitragem, Equador e Brasil empataram por 1 a 1 nesta quinta (27), em Quito, em jogo válido pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Casemiro abriu o placar para os visitantes no primeiro tempo, enquanto Félix Torres empatou na etapa final.
No primeiro tempo, o árbitro Wilmar Roldan chegou a dar três cartões vermelhos, mas apenas dois deles foram confirmados - Alexander Domínguez e Emerson Royal -, enquanto o de Alisson foi alterado para um cartão amarelo. Na etapa complementar, o VAR ajudou Roldan a cancelar dois pênaltis a favor do Equador. No segundo, Alisson chegou a receber o vermelho mais uma vez, mas como a penalidade foi cancelada, o segundo amarelo também foi.
Com o empate, o Brasil segue na liderança das Eliminatórias Sul-Americanas, com 36 pontos em 14 jogos. Já o Equador se mantém em terceiro lugar, com 24 pontos, sete a mais que Colômbia e Peru, que ainda jogam nesta rodada.
Primeiro tempo
Empurrado pela torcida, o Equador levou perigo nos primeiros minutos. Após cobrança de falta, Enner Valencia aproveitou um espaço na zaga brasileira e concluiu rente à trave. Preciado e Plata tentaram investidas, mas foram travados.
Aos poucos, o Brasil se lançou à frente, contou com a persistência de Vinicius Júnior e Matheus Cunha e abriu caminho para o gol. Coutinho cobrou escanteio, Raphinha finalizou e Domínguez espalmou. A bola voltou nos pés do meia, que, livre, não titubeou ao alçar para a área. Cunha cabeceou e o goleiro chegou a defender com os pés. Na sobra, Casemiro completou para a rede aos cinco minutos.
A tensão causada pelas decisões da arbitragem dominou a etapa inicial no Estádio Rodrigo Paz Delgado. Matheus Cunha se desvencilhou do adversário e partia para o gol quando Domínguez saiu da meta e acertou o atacante. Após revisão no VAR, o árbitro Wilmar Roldán expulsou o goleiro equatoriano aos 14 minutos.
Cinco minutos depois, Emerson Royal atingiu Estrada. O lateral, que já tinha amarelo, foi expulso de campo.
O Brasil ainda passou por apuros quando Alisson saiu da área, rechaçou uma bola e seu pé atingiu o rosto de Enner Valencia. Roldán, a princípio, puxou o cartão vermelho. No entanto, após muita discussão, o árbitro reviu o lance e aplicou o cartão amarelo para o goleiro da equipe canarinha.
Tite optou por lançar Daniel Alves no lugar de Coutinho, único armador de origem na Seleção. Após a troca, a Seleção demorou para reajustar sua transição do meio para o ataque. Mesmo assim, Vinicius Júnior ganhou boas jogadas sobre Ángelo Preciado. Em uma delas, o jogador do Real Madrid serviu Matheus Cunha. O camisa 7 encheu o pé e a bola passou rente à trave de Galíndez. O Equador, por sua vez, abusava da correria e dependia demais de Enner Valencia.
Segundo tempo
O Brasil voltou desatento do intervalo. Daniel Alves hesitou e permitiu avanço de Estrada, forçando a zaga a se desdobrar. Estupiñan cruzou esquerda, Daniel Alisson se enrolou com Daniel Alves e Estrada concluiu. Só que a jogada foi anulada porque, no cruzamento, a bola havia saído.
A Seleção ensaiou uma reação quando Casemiro aproveitou cruzamento e encheu o pé, só que a bola foi por fora da rede. No entanto, o perigo voltou a rondar a área canarinha. Estupiñan se livrou de Daniel Alves e caiu após dividida com Raphinha. O árbitro Wilmar Roldán marcou pênalti inicialmente. Só que, após revisão no VAR, anulou a cobrança.
Com as novas alterações promovidas por Tite, a Seleção Brasileira esteve perto de ampliar. Fred serviu e Alex Sandro bateu forte nas mãos de Galíndez. Em seguida, Daniel Alves acionou Gabriel Jesus. O camisa 9 recebeu e finalizou, obrigando o goleiro a se desdobrar.
Só que "La Tri" continuava a rondar a área brasileira, em dia no qual o setor defensivo patinava. E, por meio da bola aérea da qual tanto batalhou desde o minuto inicial, chegou ao empate. Após cobrança de escanteio, Felix Torres deu cabeceio preciso. Alisson ainda tentou, mas não conseguiu evitar o gol de empate.
O Brasil tentou investidas com Antony e Gabriel Jesus. Em nova tentativa, Gabigol recebeu passe pela esquerda e bateu cruzado, exigindo Galíndez.
Os acréscimos ainda reservaram outro momento de emoção ligado à arbitragem. O árbitro marcou pênalti quando Alisson saiu do gol em dividida aérea com Ayrton Preciado. Após novamente atender a uma chamada do árbitro de vídeo, Wilmar Roldán invalidou mais uma vez um pênalti e, curiosamente, deixou de expulsar pela segunda vez o goleiro brasileiro.