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Luxemburgo não vê queda de competitividade no Corinthians com a saída de Róger Guedes

Após o Corinthians vencer o Newell´s, Luxemburgo citou Luizão e pediu calma antes de cravar a saída de Róger Guedes ao Al-Rayyan

Por Lance! 02/08/2023 10h10
Luxemburgo não vê queda de competitividade no Corinthians com a saída de Róger Guedes
Vanderlei Luxemburgo gostaria de contar com Guilherme Biro no Corinthians - Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Róger Guedes espera ser aprovado nos exames médicos para reforçar o Al-Rayyan, do Qatar. O camisa 10 já não atuou na vitória do Corinthians sobre o Newell´s Old Boys, pelas oitavas de final da Sul-Americana, e Luxemburgo não acredita que a competitividade no Timão vai cair com a saída do atacante.

- Não tem nada a ver competitividade com nome de jogador. Corinthians é Corinthians. Todo mundo que está aqui tem que competir e ganhar. Não estamos pedindo licença pra ninguém, para ocupar espaço. E olhando para frente. Eu nunca falei que tinha que pensar na zona do rebaixamento. Se você pegar hoje. Terminar o turno dentro que queremos. Falar de competitividade porque o Róger saiu. Temos com e sem o Róger. O que as outras equipes fizeram é problema deles - disse Luxa durante entrevista coletiva.

Pelas cifras envolvidas e o salário que Guedes vai ganhar no Qatar, Luxemburgo disse que a saída do camisa 10 “faz parte do futebol. Segundo apurou o Lance!, a proposta feita pelo Al-Rayyan ao Corinthians gira em torno de 10 milhões de euros (R$ 52,5 milhões, na cotação atual), e Guedes terá seu salário triplicado no Qatar.

- Tivemos uma conversa ontem. Tem coisas que são impossíveis de você não deixar acontecer.Tem coisas que pertencem ao nosso meio e não há como evitar. Ninguém está dentro do processo para saber o que tem que ser feito. Acho que é uma coisa do futebol, ele está liberado para fazer exames. Vamos esperar concretizar para depois eu falar mais sobre isso. A única coisa que ficou decidida é que ele não jogaria hoje - afirmou.

Apesar da negociação estar próxima do desfecho, Luxa pediu calma ao falar sobre a saída de Róger Guedes, relembrando o episódio com Luizão, em 2021. Luxemburgo usou como exemplo o caso de Luizão, em 2001. Quando o centroavante teve uma lesão no menisco do joelho, e o Borussia Dortmund desistiu da compra.

- Luizão foi vendido para o Borussia, foi jogar e sofreu uma lesão de ligamento. Fui criticado por afastar o Du (Queiroz) e o zagueiro paraguaio. Uma lesão do Du teria que estender o contrato e tudo mais. E quanto isso iria sair do clube - ponderou.

Na visão de Luxa, o Corinthians apresentou evolução em comparação ao triunfo diante do Vasco. O treinador corintiano havia classificado a vitória sobre o Cruzmatino como o melhor jogo da equipe sob seu comando.

- Criamos bastante, mas não conseguimos fazer todos os gols que se cria. Tivemos muitas chances. Saímos com vantagem para o próximo jogo, mas não acabou. Saímos perdendo o primeiro tempo. Conseguimos virar. Os jogadores estão de parabéns - concluiu Luxemburgo.

VEJA OUTRAS RESPOSTAS DE LUXEMBURGO NA COLETIVA

ALEXIS SÁNCHEZ

Quem falou do Alexis Sánchez? Será que foi falado internamente? Coisas do futebol. Vou ter que montar a equipe sem o Róger. Quando eu assumi o Santos, tinham cinco ou seis jogadores que foram vendidos e ficariam mais um período no Santos, Disse que tinham que ir embora e fomos campeões brasileiros. Tenho que pensar em uma situação sem o Róger. Tem tempo para poder pensar.

WESLEY VOLTAR AO SUB-20

Eles estão com idade sub-20, emprestados ao profissional, mas podem jogar no sub-20. O comportamento deles vão dizer quando eles vão e volta. Em nenhum momento o menino que mostrou a camisa está fora do nosso procesos. Foram para o juniores, jogaram e voltaram. Sub-20 estána fase final do Brasileiro, e eu tenho que trabalhar em conjunto com o Danilo. Aconteceu alguma coisa, vai para lá.

PAPO COM WESLEY APÓS O GOL

Eu já falei pra ele que atacante que não faz gol, não é atacante, Beirada, por dentro, atacante tem que fazer gol. Tem que agradecer o cacete, tinha que ir marcar. É um reconhecimento porque quando você está colocando a base no time de cima, tem uma série de correções para fazer no meio do caminho. Somos um segmento da família dele na parte emocional, comportamental, de bola, em conjunto com o treinador da base. É um processo. Você não pode execrar o jogador por causa disso, cometeu um erro e acabou. Uma sequência de não ir bem, fica marcado por não ir bem. Tem que ter um pouco de paciência com ele.

DESTEMPERO EMOCIONAL

Já começamos a trabalhar no vestiário, quando acaba o jogo já trabalhamos próximo. Mas temos que pensar primeiro no Inter. Quando se joga uma competição internacional, tem que entender a peculiaridade de cada país. O argentino é ótimo nisso aí. Nós jogamos muito bem, melhor do que contra o Vasco, porque contra o Vasco não fomos contundentes. Em dois minutos desconcentramos porque batemos boca com o adversário. Eles são bons em levar o adversário para fora da zona de conforto. Comecei a trabalhar isso depois do jogo.